A coletiva do técnico Eduardo Coudet é um pedido público pra sair. Ele colocou a faca no peito da diretoria: “Ou me dão o que quero, ou estou fora”. O que ele fez, não se faz.
O ditado é antigo, mas é verdadeiro e atual (sempre será): roupa suja se lava em casa!
Problemas existem em todas as estruturas profissionais.
Mas isso se discute da porta pra dentro.
Segundo o competente Cláudio Rezende, a diretoria do Galo vai trabalhar para pacificar o ambiente.
Mas o que precisa saber é se o elenco vai trabalhar assim também.
Jogador não abraça técnico que critica elenco.
Não importa o motivo da crítica, mas jogador é corporativista. Tem espírito coletivo e de grupo. E detestam ser criticados.
Não conheço, no futebol, caso de elenco criticado que abraça treinador.
Coudet chegou a dizer que prometeram jogadores do futebol europeu. E que trouxeram Lemos e Saravia. Jogador não aceita isso.
É difícil acreditar em reconciliação do projeto.
Não porque o Atlético não quer. Mas porque acho difícil o elenco abraçá-lo.
Como disse
Coudet errou em tudo. Errou com o grupo, errou na hierarquia, errou no trato, errou na forma.
Só faltou explicar por que o time dele não joga nada. Faltou explicar por que o time é tão desorganizado.
O time é a cara do Coudet: absolutamente confuso.
Claro que há erros da diretoria do Atlético. Mas Coudet está num universo paralelo. Não é capaz de reconhecer seus erros e sua incapacidade de fazer um time minimamente organizado.
Será que o elenco dele é pior que o Athletic? Pois jogou pior…
Será que o técnico do Libertad não quer o elenco do Galo? O time paraguaio veio a Belo Horizonte sem seu principal jogador e venceu.
Falta ao Coudet na análise a mesma clareza que falta ao time dele em campo.
Acho que os dias estão contados.
Ganhando ou não o Mineiro.
E para falar verdade: acho que isso será inevitável e bom para o Atlético.