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Traficantes usam o agro para transporte ilegal de cocaína

Nesse fim de semana, mais de 400 kg de drogas, cocaína pura, pasta base e skunk, tudo disfarçado dentro de um caminhão frigorifico, lotado de carne. Confira com Valdir Barbosa

Amigas e amigos do agro!

O voluma de drogas, produtos de contrabando como agroquímicos adulterados, vinhos e uísque falsificados têm sido uma constante no mascarado transporte de cargas agrícolas. Vou citar poucos exemplos, mas que relatam o perigo e a intensidade das práticas ilícitas e as diversas formas que a bandidagem vai quebrando a segurança das estradas, portos e aeroportos.

Há 3 dias, fiscais do porto de Santos flagraram um carregamento de 13 toneladas de açaí, onde estavam 605 kg de cocaína. Eram 18 estrados, tipo contêiner, acondicionando as mercadorias, 4 de cocaína e 14 de açaí, logicamente tudo muito bem disfarçado, mas interceptados pelos fiscais e entregue a Polícia Federal.

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Essa carga tinha como destino o Porto de Tanger em Marrocos, seguindo de imediato para Portugal, entrando pelo Algarve. Poderia até deixar um pouquinho na Espanha, Sevilha fica bem perto dali. Em agosto a Polícia Federal apreendeu um caminhão boliviano que transportava 183 kg de cocaína e 90 de maconha numa rodovia perto de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, drogas misturadas com fertilizantes.

Aliás, fertilizantes e agroquímicos falsos são tão perigosos quanto as drogas e podem causar prejuízos ainda maiores.

Além de não proporcionar o efeito desejado, o fertilizante falso pode trazer prejuízos para a saúde humana e também pragas para destruírem nossas lavouras, até daquele produtor que não tem nada a ver com a história.

Os agroquímicos, ou melhor, esses são os verdadeiros agrotóxicos, que trazem consequências variadas para as lavouras e consumidores. A polícia do paranaense também apreende cargas todos os dias que normalmente chegam pelo Rio Paraná.

Encerrando, nesse fim de semana, mais de 400 kg de drogas, cocaína pura, pasta base e skunk, tudo disfarçado dentro de um caminhão frigorifico, lotado de carne, que saiu de Pimenta Bueno e foi apreendido em Rondonópolis, Mato Grosso. O destino da carne e das drogas seria Belo Horizonte.


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Produtor rural no município de Bambuí, em Minas Gerais, foi repórter esportivo por 18 anos na Itatiaia e, por 17 anos, atuou como Diretor de Comunicação e Gerente de Futebol no Cruzeiro Esporte Clube. Escreve diariamente sobre agronegócio e economia no campo.
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