No dia em que completará 60 jogos como mandante na Copa Libertadores, o Atlético voltará ao Independência contando com o estádio como aliado num jogo em que entra em campo obrigado a vencer o Alianza, do Peru, nesta quarta-feira (3), às 21h, após duas derrotas nas rodadas que abriram o Grupo G da principal competição de clubes das Américas.
O Galo tem duas casas quando se trata de Libertadores. Foram 36 partidas como mandante no Mineirão e diante dos peruanos o Atlético completa 24 confrontos no Independência.
Apesar de o Gigante da Pampulha ter recebido 60% dos jogos do Alvinegro no torneio, a análise do desempenho em cada casa mostra que no Horto a eficiência atleticana é muito maior.
Não dá para se comparar aproveitamentos, pois nas edições de 1972, 1978 e 1981, com o Mineirão sendo a casa atleticana, a vitória valia dois pontos e o empate, um. Isso muda completamente o cenário, pois com uma igualdade o clube conquistava 50% dos pontos em disputa.
Na regra atual, com a vitória valendo três pontos, o empate representa 33,3% dos pontos que podem ser conquistados.
Mas o percentual de vitórias, empates e derrotas serve como um parâmetro de comparação. No Mineirão, o Galo ganhou 53% das partidas disputadas (19). No Independência, esse número é de 17 vitórias, o que representa 74% dos 23 jogos disputados no estádio.
São 12 empates na Pampulha (33,3%), contra cinco no Independência (22%). Nas derrotas, a diferença é grande. O Galo foi derrotado cinco vezes no Mineirão (14%) e perdeu apenas uma vez no Horto (4%).
É evidente que o maior poder de arrecadação do Gigante da Pampulha seria importante para o Atlético neste momento e que as derrotas não foram culpa do estádio, mas dos times alvinegros em campo.
Mas de toda forma, a mística do Independência é muito forte na história atleticana na Copa Libertadores e ela precisa entrar em campo nesta quarta-feira, pois diante do Alianza, empate é derrota. Que o Atlético e sua torcida consigam fazer valer a máxima de que: “Caiu no Horto, tá morto”, pois só isso dará vida ao time de Eduardo Coudet na principal e mais desejada competição da temporada.