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Cruzeiro precisa colocar o Grêmio em mais um capítulo da sua história

Neste sábado, Raposa recebe o tricolor gaúcho no Independência obrigada a vencer

Cruzeiro x Grêmio

Não existe um clube com tanta participação positiva na história do Cruzeiro como o Grêmio, adversário deste sábado (22), às 21h, no Independência, pela segunda rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. E o desafio de Pepa e seus comandados é fazer do tricolor gaúcho, mais uma vez, personagem de um momento importante da trajetória celeste.

Acumulando 12 jogos oficiais sem vitória sobre um time da primeira divisão nacional, numa conta em que entram jogos contra América (seis derrotas), Atlético (duas derrotas e um empate), Fluminense (duas derrotas) e Corinthians (uma derrota), o Cruzeiro precisa encerrar este jejum.

Entre a eliminação nas semifinais do Campeonato Mineiro, pelo América, e o início da Copa do Brasil e Brasileirão, o clube da Toca até venceu o Bragantino, que joga a Série A, mas num amistoso, em Bragança Paulista, com os dois times sofrendo várias substituições durante o confronto, que não foi válido por competição oficial.

Encerrar esse retrospecto ruim e marcar os três primeiros pontos neste retorno à Série A é fundamental para o Cruzeiro no seu retorno à elite depois de três temporadas consecutivas na segunda divisão nacional.

E se os comandados de Pepa conseguirem superar os de Renato Gaúcho, será sem dúvida mais um momento importante da história cruzeirense diante dos gremistas.

E isso começa lá em 1966, na conquista da Taça Brasil, quando o tricolor gaúcho foi o adversário das quartas de final e impôs mais dificuldade ao esquadrão de Tostão, Dirceu Lopes e companhia do que os rivais das semifinais, o Fluminense, e da final, o Santos.

A primeira Copa do Brasil cruzeirense, em 1993, foi conquistada sobre o Grêmio. Quatro anos depois, no bicampeonato da Libertadores, a arrancada para a classificação na fase de grupos foi com uma vitória por 1 a 0 no Olímpico. Nas quartas, apesar do favoritismo ser gremista, foi a Raposa quem ficou com a vaga nas semifinais.

Bi, Penta e Série B

Mais recentemente, o Grêmio também está na história cruzeirense. No bicampeonato brasileiro em sequência, em 2013 e 2014, o time gaúcho é personagem importante. Na primeira taça, a primeira fez pela conquista foi após um 3 a 0 sobre o Tricolor, no Mineirão, pela 33ª rodada. Na 34ª, um 3 a 1 sobre o Vitória, no Barradão, garantiu a taça matematicamente.

No ano seguinte, a história se repetiu. Na 35ª rodada, o Cruzeiro fez 2 a 1, de virada, sobre o Grêmio, mas em Porto Alegre, e encaminhou o título, que foi assegurado de forma matemática na 36ª rodada com novo 2 a 1 diante do Goiás, no Gigante da Pampulha.

Em 2017, o penta da Copa do Brasil teve um capítulo importante e emocionante nas semifinais, pois o Grêmio, que tinha vencido a Libertadores naquela temporada, foi o rival cruzeirense e caiu no Mineirão, na disputa de pênaltis.

No ano passado, o 1 a 0 do Cruzeiro sobre o tricolor gaúcho no mesmo Independência que recebe o confronto deste sábado, na sexta rodada, foi sem dúvida a arrancada celeste para a conquista não só do acesso, mas também do título da Série B.

Agora, encerrar esse jejum de jogos oficiais sem vitória sobre um time da Série A é fundamental para o Cruzeiro na sua batalha para permanecer na elite nacional. E a tarefa do time de Pepa é alcançar o feito diante do conhecido Grêmio.

Alexandre Simões é coordenador do Departamento de Esportes da Itatiaia e uma enciclopédia viva do futebol brasileiro