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Cruzeiro encara o América pelo menos para evitar o peso do deca no retorno ao Brasileirão

Nos oito jogos contra times da Série A sob o comando de Pezzolano, Raposa perdeu sete e empatou um

Cruzeiro precisa da vitória sobre o América para evitar marca ainda mais negativa

O Cruzeiro encara o América neste domingo (19), às 18h, no Independência, na partida de volta pelas semifinais do Campeonato Mineiro, tentando evitar, no mínimo, que na sua estreia no Brasileirão, em quatro semanas, contra o Corinthians, em Itaquera, tenha que evitar um incômodo deca.

O máximo buscado pela Raposa é a vaga na decisão do Estadual. Mas a tarefa é ingrata, pois para isso precisa fazer pelo menos três gols de diferença num Coelho que venceu os últimos seis confrontos entre eles, o derradeiro por 2 a 0, no último sábado (11), na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, na ida das semifinais.

Se alcançar a goleada é tarefa ingrata, vencer é importante para encerrar o incômodo jejum cruzeirense diante de times da Série A sob o comando de Paulo Pezzolano.

O clássico deste domingo, contra o América, será o nono com essa marca, em que o adversário é da Primeira Divisão do futebol brasileiro, e nos oito anteriores, foram sete derrotas e apenas um empate, diante do Atlético, no Independência, num dia em que a equipe de Pezzolano conseguiu ótimo desempenho.

E isso aconteceu por uma questão que não esteve tão presente nos outros jogos, contra o próprio Atlético, América ou Fluminense, sendo os duelos com o tricolor carioca pela Copa do Brasil do ano passado.

No jogo de 13 de fevereiro, no Horto, que terminou 1 a 1, pela quinta rodada da fase classificatória, diante da pressão, pois vinha de resultados e atuações ruins nas quatro primeiras partidas pelo Estadual, o Cruzeiro conseguiu se impor em vários momentos graças a um bom funcionamento defensivo.

E este é o desafio. Conseguir encaixar a marcação. Num esquema em que a base é propor o jogo, até pela qualidade técnica não muito elevada, o time de Pezzolano em vários momentos se transforma em presa fácil para os adversários de maior poderio.

Em vários dos oito jogos sem vitória sobre times da Série A isso aconteceu. Acabar com essa incômoda escrita, mesmo que essa vitória não signifique a classificação à decisão do Campeonato Mineiro, o que é muito difícil, é fundamental.

Retornar à elite, após três temporadas seguidas na Série B, carregando o peso de não conseguir vencer times da Série A, é algo que o time de Paulo Pezzolano precisa evitar. Será um peso a menos num grupo que carregará a marca da pressão caso não consiga fazer neste domingo um “milagre” no Horto.

Alexandre Simões é coordenador do Departamento de Esportes da Itatiaia e uma enciclopédia viva do futebol brasileiro