Com o tema “Envelhecer bem: direito às políticas públicas do bem viver, ao prazer e à cidade”, a 26ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Belo Horizonte acontece no próximo domingo, 20 de julho, com expectativa de reunir cerca de 350 mil pessoas.
O evento, que segue o formato tradicional com concentração no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Avenida Brasil, terá início às 14h e encerramento previsto para às 20h.
A programação começa já no sábado (19), com o Festival Fuzuê, que será realizado no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, das 13h às 20h, com apresentações artísticas e culturais.
Mais diversidade e acessibilidade
Segundo Maicon Chaves, presidente do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual e Identidade de Gênero de Minas Gerais (Cellos-MG), a Parada deste ano reflete mudanças importantes no perfil do público. Um estudo feito pela Belotur em parceria com a UFMG apontou que a maioria dos participantes é negra e mais velha do que em edições anteriores.
“É um festival de celebração, de festa, mas, sobretudo, de luta. Temos o direito ao prazer de viver”, afirmou Chaves, em coletiva nesta terça-feira (15).
Para ampliar a inclusão, serão distribuídos tampões de ouvido para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), haverá tradutores de Libras, além de voluntários para acompanhar pessoas com deficiência visual. Ainda não foi possível adaptar um trio elétrico 100% acessível a cadeirantes, mas a organização informou que contará com veículos com estrutura adaptada parcial, priorizando mobilidade reduzida.
Cultura mineira e atrações nacionais
De acordo com Gilberth Santos, vice-presidente do Cellos-MG, a Parada prioriza o protagonismo de artistas mineiros, mas também atende ao pedido do público com atrações nacionais, como a cantora e atriz Linn da Quebrada, que se apresentará no domingo.
Investimento e impacto econômico
Com custo estimado em R$ 1,3 milhão, a Parada tem apoio da Prefeitura de Belo Horizonte (R$ 450 mil em recursos) e de patrocinadores, sendo o principal deles a cervejaria Vibes, ligada à Heineken. A expectativa é de um impacto de cerca de R$ 20 milhões na economia local, com destaque para turistas vindos do Rio de Janeiro e São Paulo.