O drama da família da pequena Alice Pereira Souza, de 2 meses, continua mesmo após decisão da
“Até agora nada. Tô tentando falar com a promotoria (para saber se tem alguma atualização por parte do Estado), mas não consegui. Minha menina está com dificuldade de respirar”, diz o pai
A família pede ajuda para conseguir uma vaga em algum hospital na Grande BH. Rafael conta que levou à filha à Upa em razão de uma tosse persistente. “De cara, eles já internaram e a colocaram em uma ala de respiração, no CTI. E, a cada dia que passava, o quadro dela foi piorando. Como ela tem apenas dois meses, tentaram transferir, só que nenhum hospital abriu as portas para ela, porque diziam que estavam lotados”, disse o pai, destacando que a situação da filha sensibilizou até profissionais da Upa.
“Não o culpo a UPA, porque realmente toda equipe estava tentando entrar em contato com os hospitais.
MP
O Ministério Público de Minas Gerais entrou em contato com a reportagem e informou que a decisão proferida ‘pela Justiça para transferência da bebê atendeu a pedido do MPMG, que ajuizou a Ação Civil Pública imediatamente, ainda durante o plantão no fim de semana, tão logo foram recebidos os documentos da família’. “A liminar foi prontamente deferida pelo Poder Judiciário, mas o Executivo ainda não cumpriu a decisão. Na data de hoje, 7 de maio, o MPMG peticionou requerendo a aplicação de multa pela inércia do Executivo. Dessa forma, o MPMG atuou de forma célere e eficaz”, diz a nota.
O governo de Minas declarou, na última sexta-feira (2),
O que diz a Prefeitura de Neves:
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informa que a paciente Alice Pereira de Souza está sob os cuidados clínicos da equipe de pediatria da UPA Acrizio Menezes, em Justinópolis. “A solicitação para internação para o leito de CTI pediátrico foi realizada pela UPA junto à Central de Regulação de Belo Horizonte (CINT-BH), órgão responsável pela busca e liberação de leitos para os hospitais que possuem o atendimento necessário para assistência integral à referida paciente”, informa o texto, que destaca ainda:
“É importante ressaltar que a UPA está realizando todas as solicitações e procedimentos pertinentes ao quadro da paciente e segue aguardando a CINT-BH disponibilizar um leito para transferência. Salientamos ainda que a transferência depende das centrais de regulação do Estado de Minas Gerais. Entretanto, o município atua visando assegurar o atendimento adequado a todos os usuários que dependem do serviço de urgência e emergência”.
O que diz o governo de Minas:
Também em nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou nessa terça-feira (6) que a busca pelo leito foi iniciada com todo o recurso necessário, assim que o cadastro foi feito no SUSFácilMG.
“A referida paciente está sendo regulada pela Central de Regulação Municipal de Belo Horizonte e a procura por leitos é realizada 24 horas por dia, sete dias da semana por médicos reguladores que avaliam a necessidade e a priorização dos casos mediante critério clínico e disponibilidade do leito adequado”, informa o texto.
A pasta informou ainda não ter sido notificada sobre a decisão judicial.