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Tragédia em Teófilo Otoni: motorista e o dono de carreta bitrem viram réus

O magistrado manteve a prisão de ambos; o acidente na BR-116 foi a maior tragédia em rodovias federais desde 2007, início da série história da PRF

O motorista e o proprietário da carreta bitrem se tornaram réus após serem indiciados pela morte de 39 pessoas no acidente na rodovia BR-116, ao passar por Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, em 21 de dezembro do ano passado. O documento que sinaliza que a justiça acatou o pedido do Ministério Público foi assinado pelo juiz Danilo de Mello Ferraz, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Teófilo Otoni, em 12 de março. Para ir a júri popular, ainda é necessária a sentença de pronúncia.

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Ainda conforme a investigação da Polícia Civil, ficou comprovado que o veículo transportava 103 toneladas, ou seja, 73% de sobrepeso. Com isso, o proprietário ainda foi indiciado por falsidade ideológica ao inserir uma nota fiscal com informações falsas sobre a carga. De acordo com a investigação, o problema nas amarrações da carga também contribuiu para a colisão.

A velocidade acima do permitido também voltou a ser citada pela PC como responsável pela tragédia. O cálculo da velocidade na via era de 76 km/h, com alto risco de tombamento a partir de 62 km/h, mas o veículo estava a 97 km/h, segundo o tacógrafo.

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O laudo pericial ainda indicou a presença de substâncias ilícitas no organismo do motorista. Anteriormente, a PC havia informado que além de álcool, cocaína e ecstasy, o exame de motorista indicou uso de antidepressivo e ansiolítico.

Relembre

O ônibus de passageiros, uma carreta bitrem e um carro de passeio se envolveram em uma colisão nas primeiras horas do dia 21 de dezembro de 2024, na altura do km 285 da BR-116, em Lajinha, comunidade rural de Teófilo Otoni. O acidente deixou 39 vítimas, todas do ônibus da empresa Emtram.

O veículo saiu de São Paulo com destino a três cidades da Bahia. Havia três passageiros no carro de passeio, do modelo Fiat Argo. Todos sobreviveram.

Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.
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