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PBH pede explicações a fundação da UFMG por morte de mulher na UPA Centro-Sul

Prefeitura de BH havia informado, na quinta (25), que atendimento havia sido correto; agora, a PBH decidiu notificar fundação ligada à UFMG, com quem tem parceria para atendimento nas unidades de saúde

Marianne Silva Torres morreu aos 26 anos

A Prefeitura de Belo Horizonte deu 72 horas para a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa, instituição ligada à UFMG, prestar esclarecimentos sobre a morte de Mariane Silva Torres, de 26 anos, que morreu na última terça-feira (23). A família da jovem acusa a unidade de negligência médica. A informação foi divulgada em uma nota no fim da tarde desta sexta-feira (26).

Na nota divulgada agora há pouco, a prefeitura voltou a se solidarizar com os familiares de Marianne e informou que instaurou um procedimento interno para apurar as condições do óbito. Além disso, a PBH explicou que a UPA Centro-Sul é administrada pela Fundep, instituição da Universidade Federal de Minas Gerais. A PBH oficiou a fundação, que tem 72 horas para prestar esclarecimentos à Secretaria Municipal de Saúde.

O tom usado na nota foi diferente do texto enviado à imprensa na quinta-feira (25). Na nota anterior, a prefeitura não citou a Fundep e deu detalhes sobre o atendimento de Mariane.

Leia a nota na íntegra

A Prefeitura de Belo Horizonte se solidariza com os familiares e amigos de Mariane Silva Torres e informa que instaurou procedimento interno para apurar as condições em que se deu o óbito.

A Prefeitura esclarece que a UPA Centro-Sul é administrada pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), o que passa pela contratação de todos os profissionais que atuam no local, incluindo médicos.

Informa ainda que oficiou nesta sexta-feira (26) a Fundep, entidade vinculada à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), para que preste todos os esclarecimentos à Secretaria Municipal de Saúde, no prazo de 72 horas, sobre o atendimento médico dispensado à paciente na UPA Centro-Sul, na data de 23 de abril.

A Fundep e a Secretaria Municipal de Saúde mantém desde 2008 um convênio que tem por objeto a cooperação mútua para a melhoria do atendimento na unidade, envolvendo capacitação operacional no atendimento à população, através de complementação da formação acadêmica e profissional dos alunos, servidores docentes e técnicos da UFMG'.

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Relembre o caso

Marianne Silva Torres, de 26 anos, morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro-Sul, em Belo Horizonte, na noite da última terça-feira (23). A família da jovem relata que Marianne deu entrada na unidade de saúde com dores no peito e sem conseguir caminhar, mas foi classificada com a pulseira verde (sem urgência) pela triagem. Após esperar cinco horas no local, a jovem teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.

Conforme informações do boletim de ocorrência, a família alega que houve negligência médica. O namorado de Marianne contou que a jovem foi levada para a UPA pela porteira do prédio onde morava. Ele só conseguiu chegar até a UPA horas depois. Marianne teria ficado deitada no chão da UPA, pois sentia dores nas pernas. Depois de muito tempo, uma médica da UPA atendeu Marianne e disse que a jovem estava tendo uma crise de ansiedade. Ela foi medicada, mas continuava reclamando de dor. O namorado da vítima contou que tentou procurar novamente por ajuda, mas as enfermeiras não sabiam onde a nova médica estava. Depois disso, Marianne teve um mal súbito e morreu.

O caso é investigado pela Polícia Civil. Além disso, a prefeitura instaurou um procedimento para apurar as condições em que se deu o óbito de Marianne. CLIQUE AQUI para ver mais detalhes sobre o caso.


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Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.