O corpo do sargento da Polícia Militar (PM) Roger Dias da Cunha tem previsão de ser sepultado nesta terça-feira (9), em um jazigo de honra da PM no cemitério Bosque da Esperança, na região Norte de Belo Horizonte. Nesta segunda-feira (8), a família do militar decidiu pela doação de órgãos.
O PM foi baleado na cabeça pelo criminoso Welbert de Souza, na última sexta-feira (5), durante uma perseguição no bairro Novo Aarão Reis, região Norte em Belo Horizonte. O autor estava foragido após ser beneficiado pela ‘saidinha de Natal’. No começo desta manhã, o corpo do militar ainda estava no Hospital João XXIII. Ele deve liberado para a funerário no período da tarde.
Criminoso
Welbert de Souza Fagundes, de 26 anos, é apontado como o responsável por disparar várias vezes à queima roupa contra a cabeça do sargento da Polícia Militar, Roger Dias da Cunha, na última sexta-feira, no bairro Novo Aarão Reis, Região Norte de Belo Horizonte.
O militar passou por duas cirurgias assim que foi socorrido ao Hospital João XXIII - uma para conter a pressão intracraniana e outra para conter o sangramento na perna, pois a bala atingiu uma artéria.
Welbert tem 18 boletins de ocorrência registrados por crimes como roubo, ameaça e tráfico de drogas. O Ministério Público foi contra a saída dele do sistema prisional, mas o benefício foi concedido pela juíza da Vara de Execuções Penais de Ribeirão das Neves, Bárbara Isadora Santos Sebe Nardy.
A juíza justificou sua decisão com base no atestado de conduta carcerária e disse que Welbert não havia cometido nenhuma falta grave, embora o Ministério Público tivesse apontado o episódio do furto de veículo. O MPMG recorreu da decisão junto ao Tribunal de Justiça e não recebeu nenhum retorno.
A Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis) emitiu, neste domingo (7), comunicado em que disse ser “lamentável” vincular o ataque a tiros ao policial militar Roger Dias da Cunha à decisão que concedeu o benefício da saída temporária ao suspeito do crime. Segundo a entidade, o caso reflete problemas como a desigualdade social e a existência de uma sociedade “cada vez mais violenta”. Leia a nota na íntegra.
Prisão mantida
Neste domingo (7), Welbert de Souza Fagundes e outro suspeito de participação no crime, Geovanni Faria de Carvalho, de 34, tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva, após a realização de audiência de custódia no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte.