Faltam apenas algumas semanas para o início oficial do Carnaval de Belo Horizonte, previsto para o dia 27 de janeiro e os organizadores dos blocos de rua, escolas de samba e blocos caricatos estão na correria para conseguir resolver o que falta antes de arrastar a multidão que promete curtir a folia na capital mineira.
O poder público paga um auxílio para os blocos e escolas aprovados em um edital, mas o dinheiro nem sempre é suficiente. Segundo Robson Abreu, Presidente do bloco de Belô, o momento é de tentar fazer as contas fecharem.
“Como o próprio nome fala, ele é um auxílio, então não dá para pagar todas as despesas. Ele é dividido em três categorias, a categoria A com RS 21,5 mil, a categoria B com RS 12,5 mil e a categoria C com, RS 7,5mil. Então dependendo do perfil de cada bloco, ele se inscreve naquela categoria, né, via o edital, disse”.
Segundo Robson, foram habilitados 105 blocos de 536 que foram cadastrados para o Carnaval de 2024, ou seja, um quinto dos blocos serão beneficiados com a ajuda do edital.
“O valor não dá para cobrir todas as despesas do bloco. Dependendo do tamanho do bloco até dá, mas é aquela coisa, quanto mais público dá, mais você quer incrementar, proporcionar um entretenimento cada vez melhor, né?”, acrescenta.
O Presidente do Bloco de Belô, fez ainda um apelo a iniciativa privada de BH.
“Então se você recebe RS 21,5 mil e você quer contratar um trio elétrico de RS 50 mil, você tem que suar para conseguir o resto, né? Eu faço até um apelo aqui, a iniciativa privada de Belo Horizonte, as empresas, a rede hoteleira, rede de bares, eles precisam ajudar cada vez mais os blocos de rua”.
Escolas de Samba
No caso das Escolas de Samba, que historicamente atraem menos público do que os Blocos de Rua, conseguir patrocínio sem a ajuda do poder público, é ainda mais complicado. De acordo com o presidente da Liga das Escolas de Samba de Minas, Márcio Eustáquio, o cenário pode começar a ficar mais favorável a partir deste Carnaval.
“A entrada do Governo do Estado no Carnaval é fundamental para que a gente possa se estruturar. Assim como acontece no Rio, né? A Beija-Flor não é do Rio de Janeiro e sim de Nilópolis. A Viradouro, não é do Rio, e sim é de Niterói e a Grande Rio que é de Caxias. Ou seja, se a gente compreender isso no sentido macro de uma Região Metropolitana e de um incentivo melhor e maior do Governo do Estado, a gente sai desse aprisionamento que a prefeitura”.
Carnaval de 2023
O carnaval de 2023 movimentou 720 milhões em Belo Horizonte. Segundo a Prefeitura, mais de 5 milhões de foliões estiveram nas ruas da cidade durante o período da festa. Para este ano, o Carnaval de BH 2024, houve um aumento de 15% no número de blocos de rua cadastrados. Lembrando que o Carnaval vai de 27 de janeiro a 18 de fevereiro.