Proprietários de jazigos no cemitério Parque da Colina, zona Oeste de Belo Horizonte, denunciam o sumiço das placas de bronze, onde ficam gravados datas e nomes de familiares que já morreram.
Há relatos que as identificações foram furtadas ainda em meados deste ano, porém, quem paga mais de R$ 500 para manter a conservação da sepultura afirma que foi pego de surpresa quando não encontrou a lápide correta nos últimos dias. Suspeita-se de que 300 pedras de granito estão sem o nome dos falecidos.
Segundo a aposentada Marília Rosa, as seis placas de cobre de identificação no túmulo da família foram furtadas.
“Eu não tinha percebido. Depois que fomos ver, eles roubaram todas as placas de cobre de todos os túmulos, pela quantidade lá em cima, que é um jardim muito grande, são mais de 300.”
Segundo a mulher, as pessoas começaram a observar os mármores, onde foram encontrados encostados em árvores, quebrados.
“Então, assim, para mim foi um tsunami que passou ali. Eu fiquei indignada, muita gente com flor na mão, andando, sem saber aonde que ia, porque não tinha identificação de nada.”
A aposentada relata ainda que procurou pela identificação da placa e não encontrou. Ela procurou a administração e foi informada que as placas foram furtadas. Os responsáveis pelo cemitério disseram ainda que iriam verificar o problema de nomes errados nos túmulos.
Em nota, o Grupo Zelo informa que conta com 40 câmeras de monitoramento no cemitério e crematório Parque da Colina e que dobrou a equipe de segurança este ano.
Além disso, a nota diz que são realizadas rondas 24 horas por dia e foi, inclusive, ampliada a vigilância noturna, com instalação de guarita de apoio e refletores acionados por movimento. O cemitério afirma que repõe as peças eventualmente danificadas sem custo extra para as famílias.