Três operários e uma engenheira morreram após serem soterrados na obra de um supermercado no bairro Belvedere, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, na manhã de terça-feira (17). Desde então, muitas perguntas surgiram sobre como ocorreu e quem são as vítimas. Veja abaixo o que se sabe até o momento
O que aconteceu
Os bombeiros foram acionados no fim da manhã na rua Jornalista Djalma Andrade. Lá, um talude de três metros se desprendeu e provocou o soterramento de cinco pessoas.
O tenente Felipe Biasibitte explicou, no dia dos fatos, que o barranco tinha o objetivo de evitar que a estrutura deslizasse. Outro ponto que pode ter contribuído é o fato de o terreno ser rico em minério, mais pesado. Cerca de 50 trabalhadores estavam no canteiro de obras no momento do acidente, sendo sete no local do talude. Três operários e uma engenheira morreram. Um jovem, de 23 anos, sobreviveu.
Quem são as vítimas
Juliana Angélica Menezes Veloso, 30 anos;
Rafael Pereira Barbosa, 35 anos;
Roberto Mauro da Silva, 55 anos;
Zacarias Evangelista Fonseca, 59 anos;
Uma vítima de 23 anos sobreviveu.
A família de Juliana divulgou nas redes sociais que a jovem será enterrada às 13h no Cemitério Bosque da Esperança, no bairro Jaqueline, na região Norte da capital.
A despedida dos outros três trabalhadores ocorrerá no Cemitério da Paz, no bairro Alto Caiçaras, na região Noroeste. O horário não foi divulgado. O sobrevivente, de 23, que não teve o nome divulgado, foi socorrido para o Hospital João XXIII Pronto Socorro (HPS) logo após o acidente. O estado de saúde não foi revelado pela instituição.
Obra estava regular
De acordo com o Corpo de Bombeiros, um talude de três metros se desprendeu e provocou o soterramento das vítimas, na rua Jornalista Djalma Andrade. A obra estava regular e com o alvará ativo, informou a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Confira a nota
“A Prefeitura de Belo Horizonte informa que a obra está regular e o alvará ativo. O comunicado de obra ocorreu em 14 de setembro, sendo de responsabilidade do Responsável Técnico RT a estabilidade e demais assuntos referentes ao projeto e estrutura.”
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Engenheira relatou problema em obra
Em conversa com a reportagem da Itatiaia, o homem, que terá a identidade preservada, revelou que sua companheira o informou sobre um problema relacionado a um muro do lado oposto da obra, que sustentava uma casa, porém nada foi dito sobre
Polícia Civil investiga
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) investiga o desmoronamento ocorrido nessa terça-feira (17). “Uma equipe de policiais civis e da perícia oficial estiveram no local para realização dos primeiros levantamentos e coleta de vestígios”, informou a nota.
O que disseram as empresas
A rede de supermercado Verdemar e a Kaeng Construção lamentaram o episódio. Veja as notas
“Lamentamos profundamente o ocorrido e estamos acompanhando de perto para garantir, juntamente com a Construtora Kaeng, responsável pela obra, toda a assistência às vítimas, aos atendimentos em andamento no local e aos familiares de todos.
A obra contava com profissionais técnicos e com todos os alvarás e licenças, indicando se tratar de uma fatalidade. As autoridades estão no local para apurar as causas”.
“A Kaeng Construção vem a público se manifestar sobre a fatalidade acontecida na data de hoje e, informar que lamentamos profundamente o ocorrido e estamos acompanhando próximo, com a finalidade de garantir, toda a assistência às vítimas e aos seus familiares.
Informarmos, também, que a obra contava com profissionais técnicos e com todos os alvarás e licenças em ordem! Isto indica que se trata de uma fatalidade. As autoridades competentes estão no local para a apuração das causas. Desta forma, fica a nossa solidariedade às vítimas e aos seus familiares”.
*com informações de Larissa Ricci, Rômulo Ávila, Clarissa Guimarães, Célio Ribeiro e Luiza Otávio Peçanha