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Cantora leva garrafada na cabeça em BH: ‘nós, mulheres, não estamos seguras’, lamentou

Vítima levou uma garrafada na cabeça ao defender amiga de assédio em boate na Pampulha, em BH

Jovem levou onze pontos na cabeça

A cantora Laura Ferrer, de 25 anos, agredida com uma garrafada na cabeça ao tentar defender uma amiga que estava sendo assediada em uma boate, se recupera dos ferimentos na cabeça. À reportagem da Itatiaia, ela contou o momento de desespero vivido no última domingo (15) em um bar na avenida Portugal, na região da Pampulha, em Belo Horizonte.

“Nós, mulheres, não estamos seguras”, lamentou. Ela disse que, após publicar o relato nas redes sociais, recebeu mensagens de outras mulheres que se solidarizaram e que também denunciaram episódios de violência sexual. “Chegaram vários depoimentos, inclusive, de situações na mesma casa. A gente fica com medo”, acrescentou.

O que aconteceu

Durante o evento, um homem teria tentado abrir a roupa da amiga dela duas vezes. Na segunda tentativa, as duas começaram a discutir com o assediador e, no meio da confusão, um segundo homem se aproximou e mandou as duas mulheres ficarem quietas, “senão ele iria matá-las”.

“Ele estava falando muitas expressões machistas e pesadas para minha amiga. Disse que, porque era mulher, não poderia fazer nada. Foi então que contestei e ele já veio para cima de mim dizendo que ele era ‘de matar’. Ele falou várias vezes: eu mato, eu mato, eu mato’”, contou.

A jovem jogou um copo de cerveja no homem para se defender e, logo depois, o suspeito jogou uma garrafa de vidro na cabeça. “Comecei a sangrar muito. Coloquei a mão na cabeça e senti minha cabeça inchando. Olhei para a minha mão e ela estava cheia de sangue”, relatou.

Falta de socorro

Laura foi socorrida por amigos e afirmou que os seguranças da boate não deram nenhum tipo de apoio a ela e a amiga. “Foi muita falta de amparo por parte da casa, desde o assédio até o momento após a agressão. Tive que pedir Uber para ir para o hospital”, contou.

Laura denunciou o caso de violência e disse que ficou por quase 12 horas em observação no Hospital Risoleta Neves, onde levou 11 pontos na cabeça.

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Posicionamento

Em um posicionamento nas redes sociais, o bar afirmou que todas as medidas cabíveis foram tomadas, que a Polícia Militar e o Samu foram acionados e que entrou em contato com a vítima para colaborar com o que for necessário. A Polícia Civil investiga o caso.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.
Formado em jornalismo pela PUC Minas, foi produtor do Itatiaia Patrulha e hoje é repórter policial e de cidades na Itatiaia. Também passou pelo caderno de política e economia do Jornal Estado de Minas.
Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.