A mulher presa nessa quinta-feira (5) suspeita de furtar joias e relógios avaliados em R$ 1 milhão de um apartamento de luxo no bairro Luxemburgo, na região Centro-Sul de BH, é investigada por pelo menos seis crimes iguais fora de Minas Gerais. O crime na capital mineira aconteceu no dia 26 de outubro.
De acordo com o delegado da Polícia Civil, Gustavo Barletta de Almeida, ela seria responsável por pelo menos seis furtos parecidos em São Paulo e já foi indiciada pelas ações. Além destes estados, há indícios também de atuações no Espírito Santo e no Ceará. Os detalhes e informações do caso foram repassados durante coletiva nesta sexta-feira (6).
Câmeras de segurança flagraram o momento em que a mulher entra no prédio se passando por uma moradora.
Furto em BH
O delegado explicou que a mulher não conhecia o apartamento que invadiu, e que realizou uma abordagem parecida como nas outras ações. Ela convence os porteiros dos prédios e condomínios de que conhece algum morador e, a partir do momento que entra no edifício, escolhe um apartamento aleatório para arrombar e furtar o que considera de valor.
O policial também relatou que ela recebe auxílio de outras pessoas, que ficam encarregadas pelo transporte, segurança e monitoramento durante a ação. No crime em Belo Horizonte três homens foram vistos a esperando na porta do condomínio, enquanto um motorista ficava responsável pela fuga.
Captura
Após o crime na capital mineira, foi expedido um mandado de prisão preventiva contra a mulher, que foi cumprido ‘por acaso’ durante cumprimento de outro mandado em desfavor de outra pessoa.
Segundo a Polícia Civil, os agentes se deslocaram para cumprir um mandado de busca e apreensão contra um homem suspeito por tráfico de drogas. No momento da abordagem, encontraram o rapaz acompanhado da investigada, que também foi presa.
Mudança de visual
O delegado explicou que a demora pela captura da suspeita se deve ao seu perfil discreto e, principalmente, pelas constantes mudanças de visual. De acordo com ele, a mulher comete os crimes de ‘cara limpa’, mas sempre mudava a aparência, o que dificultava sua identificação.
A Polícia Civil continua com as investigações para identificar o envolvimento de outras pessoas na quadrilha. Até o momento de fechamento desta matéria, não há informações se o homem preso por tráfico de drogas tem participação nos crimes.