A falta de material cirúrgico no Hospital do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) causou muito transtorno na vida de uma paciente que estava prestes a fazer uma cirurgia. Segundo ela, além da frustração pelo cancelamento em cima da hora, houve constrangimento e desgaste com toda preparação do procedimento.
A paciente Edna Silva Saraiva, de 57 anos, que seria operada para retirada de uma hérnia no pescoço, é professora e supervisora pedagógica em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, e já havia avisado a escola que precisaria tirar licença.
A filha dela, que mora em São Paulo, chegou a Belo Horizonte para acompanhar a mãe no hospital, mas acabou recebendo a notícia do cancelamento a menos de 24 horas do procedimento. Ela disse que deu entrada com os documentos em maio e de lá para cá, vem aguardando o momento da cirurgia.
“Me informaram que demoraria de dois a três meses. Na semana passada, me ligaram falando que a cirurgia já poderia ser feita no dia 5 de outubro. Fiz a confirmação e minha filha veio de São Paulo para me acompanhar. No dia 4, pela manhã, eles me ligaram confirmando a cirurgia”, contou.
Por volta das 16h, uma nova ligação avisando o cancelamento. “Disseram que não havia material para que minha cirurgia fosse realizada. Assim, quando eh eles organizassem a agenda e quando tivesse material, eles me retornariam. Isso causou um transtorno muito grande na minha vida”, afirmou. A nova data ainda é incerta.
Por meio de nota, o Ipsemg disse que os casos de cirurgia de urgência são prioridades, no entanto, qualquer procedimento depende de fatores como as condições de saúde do paciente, entre outros. Quanto à questão de oferta de medicamentos e insumos, o instituto afirmou que o estoque mantido pela unidade hospitalar é suficiente para garantir a continuidade da assistência à saúde aos pacientes atendidos. Porém, na nota, não foi dado nenhum posicionamento específico sobre o caso da professora.