Com a alta nos casos de dengue e a proximidade do período de chuvas, o número de lotes vagos em Belo Horizonte requer atenção. São 17 mil terrenos baldios espalhados pela cidade. Segundo a Secretaria Municipal de Politica Urbana (Urbel), apenas em 2023, 600 mil multas já foram aplicadas em proprietários que não cuidam dos lotes.
De acordo com o diretor de fiscalização da Urbel, Carlos Rocha, a fiscalização dos terrenos está na lista de prioridades da prefeitura. "É um tema muito importante para nós a fiscalização e para a comunidade em geral. Este ano a gente já fez mais de 10.100 vistorias referentes a lotes vagos, distribuídas pelas nove regionais da cidade. Ano passado nós fechamos o ano com 15.718 vistorias nos lotes vagos”, afirmou.
Rocha ainda informou que o acompanhamento é feito em parceria com vários órgãos. Já o planejamento da fiscalização é baseado em demandas da Zoonoses, Bombeiros e moradores. O objetivo é evitar o aparecimento de focos de mosquitos, principalmente durante o período de chuva.
De acordo com o diretor, cerca de 60% dos terrenos de risco estão mapeados. “Normalmente as gerências de controle de zoonoses nos encaminham aqueles terrenos que são mais propícios para proliferação de arboviroses. Então, esses imóveis são prioridade para gente. Tem também aqueles lotes que a gente já sabe que historicamente tem um grande número de reclamações. Também são priorizados os lotes encaminhados pelo Corpo de Bombeiros com risco de incêndio”, explica.
A secretaria de fiscalização aponta as regiões da Pampulha e Nordeste como áreas de atenção redobrada por causa do grande número de casas e terrenos vazios. “São regiões muito adensadas, com um grande número de população. Então, o impacto de um lote vago sujo repercute mais na qualidade de vida das pessoas”, esclarece o Carlos Rocha.
As denúncias e reclamações sobre lotes vagos podem ser feitas pelo telefone 156, pelo aplicativo da Prefeitura de Belo Horizonte, ou pelo portal de serviços https://prefeitura.pbh.gov.br/.