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Prefeito é condenado por atrasar repasses a laboratório que não apoiou campanha

Empresa de Belo Oriente (MG) ficou sem receber quase R$ 300 mil durante dois anos; condenação de Hamilton (PSDB) foi convertida em serviço comunitário

A Justiça condenou o prefeito de Belo Oriente (MG), Hamilton Romulo de Menezes Carvalho (PSDB), por prevaricação. Ele é acusado de atrasar o pagamento a um laboratório de análises clínicas que não teria apoiado financeiramente a campanha eleitoral do político.

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a prática do prefeito seria uma forma de retaliação, já que o dono do laboratório não teria feito doações para a campanha de Hamilton em 2016. Segundo o MPMG, assim que assumiu o mandato em 2017, Hamilton retardou o pagamento ao laboratório como forma de represália. Em dois anos, o débito da prefeitura com o laboratório chegou a quase R$ 300 mil.

Ao mesmo tempo em que atrasava os repasses ao laboratório, a prefeitura continuava pagando normalmente pelos serviços prestados por outras duas empresas do mesmo tipo. Segundo o juiz Maurício Pinto Ferreira, a administração não justificou o porquê de pagar duas empresas regularmente e atrasar os repasses ao outro laboratório.

Em abril de 2019, após ficar sabendo da investigação do Ministério Público, Hamilton teria autorizado o pagamento de uma pequena parcela da dívida com o laboratório. A 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) condenou Hamilton a cinco meses de detenção e 16 dias-multa por prevaricação, mas a pena foi convertida em prestação de serviços comunitários por cinco meses.

A Itatiaia entrou em contato com a Prefeitura de Belo Oriente e aguarda retorno.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.
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