A criança de 3 anos atropelada pelo motorista que invadiu a área de pedestres do “Torneio Leiteiro das Campeãs”, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, morreu na madrugada desta segunda-feira (11). A informação foi confirmada pela reportagem da Itatiaia. Helena Peters de Macedo estava internada no CTI da Santa Casa da cidade, com traumatismo craniano.
Helena estava no colo de Dionizia Marinho Lopes, 56, que morreu no local. Outras dez pessoas ficaram feridas na tragédia, ocorrida na madrugada de sábado (9), estádio Municipal de Juiz de Fora. A mulher era amiga da mãe da criança.
Ainda seguem em estado grave, no HPS, o motorista, de 24 anos, que causou o acidente, e uma mulher de 59 anos que passou por cirurgia no sábado. Outros dois homens estão internados, ambos de 42 anos, em observação médica e for de risco.
Ao todo, 12 pessoas foram vítimas na ocorrência. Do total de atingidos, oito foram socorridos pelos Bombeiros e Samu e o restante buscou socorro por meios próprios. Um dos feridos é o motorista que, após avançar o carro sobre a multidão, foi agredido.
O homem provocou o
O evento ocorreria até domingo (10), mas foi suspenso pela prefeitura na manhã de sábado 99.
O que diz a PM
O comando da Quarta Região de Polícia Militar emitiu, nesse domingo (10), nota à imprensa sobre o atropelamento. A PM alega que, ao analisar a demanda de policiamento do evento e promover duas reuniões de alinhamento com a comissão organizadora, informou que o horário limite para garantir a segurança nos cinco dias solicitados seria até às duas da madrugada.
O atropelamento em série ocorreu às 3h50 na madrugada de sábado. Desta forma, já sem policiamento no local, a polícia chegou após ser acionada pelo 190. O fato foi registrado como homicídio, o autor foi preso em flagrante e foi socorrido em estado grave para o HPS após ser agredido pela multidão.
Prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Juiz de Fora lamentou a morte da menina e destacou que a tragédia ocorreu na dispersão da festa e reforçou que o alvará, solicitado pela Comissão Organizadora, tinha como subsídio documento da Polícia Militar, de 21 de agosto.
“A Polícia Militar, na véspera do evento (dia 6 de Setembro), expediu à Seapa um comunicado sobre sua indisponibilidade de operação a partir das duas horas da manhã, condição que foi comunicada à Comissão Organizadora. A Guarda Municipal esteve presente durante todo o período, reforçando seu efetivo no momento de encerramento das atividades, situação, como se sabe, em que é esperado um acréscimo da tensão e maior possibilidade de conflitos. Atuou inclusive na contenção da desordem que marcou o final do torneio na madrugada de 9 de Setembro. Prestamos aqui à Guarda nosso reconhecimento e cumprimentos pela denodada atuação em ocasião tão difícil”, diz trecho da nota.
“É possível extrair lições do ocorrido, para prevenir, no limite do possível, a repetição de semelhante infelicidade. Entre elas, a necessidade de melhor articulação entre as forças de segurança, que devem acompanhar a vida da cidade, seu potencial de desenvolvimento econômico e de atração turística, além do compromisso com um direito fundamental: o direito de as pessoas conviverem com tranquilidade e paz no ambiente público. Nesses termos, a prefeitura reitera o seu empenho em aperfeiçoar sempre as condições para a realização de eventos sociais em nossa cidade e manifesta, mais uma vez, o seu apoio e solidariedade às vítimas do incidente de 9 de setembro”, encerra.