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Cientistas descobrem nova espécie de sapo na Serra do Espinhaço, em Minas

Sapo é predominante da Mata Atlântica e do ecossistema “campo rupestre” do Brasil

Sapo é predominante da Mata Atlântica e do ecossistema “campo rupestre” do Brasil

Uma nova espécie de sapo foi descoberta por cientistas vivendo na Serra do Espinhaço, em Itamarandiba, na região mineira do Vale do Jequitinhonha. O gênero bromelígeno Crossodactylodes, endêmica do domínio da Mata Atlântica e do ecossistema “campo rupestre” no Brasil, compreende atualmente cinco espécies. Três delas já foram propostas em um estudo recente baseado em marcadores mitocondriais e nucleares.

A descoberta da nova espécie de sapo foi publicada na revista Herpetológica.

“A nova espécie é diagnosticável a partir de seus congêneres por uma combinação de caracteres, incluindo a presença de fendas vocais em machos adultos, a coloração laranja dos discos nos dedos das mãos e dos pés e a presença de odontóforos vomerinos”, detalha a pesquisa.

A nova espécie pode ser encontrada em uma pequena área de floresta, composta por árvores baixas, arbustos, musgos, líquenes e alta densidade de bromélias.

Descoberta

A descoberta é fruto do trabalho de uma equipe de pesquisadores que reúne integrantes do Instituto de Biociências da Unesp Rio Claro (IBB/Unesp), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade de Kent e do Instituto Biotrópicos. O achado foi relatado em artigo publicado em junho na revista Herpetologica.

“O Brasil já é o país com o maior número de espécies de anfíbios conhecidas”, diz Marcus Thadeu Teixeira Santos, pesquisador de pós-doutorado no Instituto de Biociências da Unesp Rio Claro e autor principal do artigo que relata a descoberta de C. serranegra.

Jornalista graduada pelo Centro Universitário Newton Paiva em 2005. Atua como repórter de cidades na Rádio Itatiaia desde 2022