Foram apresentados em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (25), em Montes Claros, no Norte de Minas, detalhes da conclusão da investigação que apurou a prática de crimes sexuais e pornografia infanto-juvenil, envolvendo o presidente do conselho de segurança pública de Montalvânia e, ao menos, 10 adolescentes, com idades entre 13 e 18 anos.
A investigação policial iniciou depois que uma vítima resolveu denunciar que teria sido abusada sexualmente pelo suspeito de 2014 a 2019.
“Uma das vítimas foi abusada por ele dos 13 aos 18 anos. Após três anos, ele tomou coragem de relatar os fatos. Essa vítima nos relatou que ele, inicialmente, entrou em contato oferecendo presentes, oferecendo auxílio no tratamento de saúde”, disse o delegado que investiga o caso, Theles Bustorff.
Para não levantar suspeitas sobre os crimes, o homem de 37 anos utilizava-se de cargos no município, como o centro de referência de assistência social (CRAS). O acusado também tinha o costume de fazer festas em sua residência com os menores, principalmente, no dia das crianças, e de levá-las para acampar à beira do rio São Francisco.
Ainda segundo o delegado, além dos abusos, as vítimas eram dopadas e filmadas durante os estupros. Algumas delas foram chantageadas e ameaçadas para não divulgar o crime e tiveram, inclusive, que trabalhar para o autor, sem receber por isso.
“Ele foi indiciado por estupro de vulnerável, estupro, importunação sexual, tráfico de drogas, produção de pornografia infantil e, em relação a um das vítimas, por redução a condição análoga de escravo”, disse o delegado.
Procurada pela Itatiaia, a prefeitura de Montalvânia informou que “não compactua com quaisquer atos ilícitos envolvendo seus servidores ou quem quer que seja, e que irá aguardar o desenrolar das investigações para tomar as providências necessárias.”
A nossa reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa do preso.
*com informações de Osmar Macedo
