Wemberson Carvalho da Silva, de 47 anos,
Uma mulher chegou ao local por volta de 7h para fazer atividades físicas e viu o suspeito e a vítima, desconfiou que algo estava errado e acionou a Polícia Militar (PM) e o Samu. Ainda conforme a denúncia do MP, por volta das 7h05, outro morador chegou ao local e também viu Wemberson e a vítima.
Atendimento do Samu
A denúncia do MP cita ainda que houve omissão da equipe do SAMU no atendimento da ocorrência.
“Dessa forma, diante ao seu estado emocional e devido à negativa dos profissionais de saúde em acionar qualquer familiar, que apenas arrumaram a ofendida no local, mas, em manifesta omissão, não a socorreram, retornou para sua residência, sozinha e a pé. Ato contínuo, a vítima percebeu que estava sem seus pertences, tendo, de forma confusa, informado a seus familiares que achava que tinha sido assaltada”, destaca trecho da denúncia.
Ainda conforme a denúncia do MP, a vítima começou a perceber que foi alvo de violência ao voltar para casa. Mesmo assim, não conseguia entender o que tinha acontecido.
“A Polícia Militar foi acionada e, após verificar as imagens fornecidas pelos familiares, encaminhou a vítima, que estava aos prantos, ao Hospital Municipal Odilon Behrens, local onde fora constatada a violência sexual e colhido material biológico”, diz a denúncia.
Resposta do Samu
Em resposta ao questionamento da reportagem, a Prefeitura de Belo Horizonte, responsável pelo Samu, afirma que “não houve omissão de socorro e assegura que houve atendimento à vítima”.
Segundo a PBH, uma Unidade de Suporte Básico (USB) “foi empenhada às 7h24, do dia 30 de julho, e chegou ao local às 7h35, ou seja, em nove minutos. No local foi realizado o atendimento, de cerca de 13 minutos, com aferição dos sinais vitais e avaliação neurológica, que apontou grau máximo de consciência da vítima”. A prefeitura informa que a jovem “recusou, por escrito, o encaminhamento” a um hospital, o que foi sugerido pela equipe do Samu. Também foi registrado que ela estava vestida.
“Cabe esclarecer ainda que o SAMU não tem autorização legal para obrigar uma pessoa consciente a entrar na ambulância e ser transportada para hospital”, aponta a nota.
Apesar de ter apontado suposta omissão do Samu, a promotoria não responsabilizou nenhum agente de saúde pelo crime.
Estuprador e motorista foram denunciados
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou, na quarta-feira (23), o homem suspeito de estuprar uma jovem de 22 que estava desacordada na calçada, dia 30 de julho, após um show de pagode, em Belo Horizonte.
O motorista de aplicativo que deixou a mulher desacordada na calçada do prédio