Suspeito de matar universitário após atropelamento de cadela continua foragido

Família e amigos se reuniram nesse sábado (12) para prestar as homenagens ao estudante de turismo, Gabriel Ângelo Oliveira Araújo, de 26 anos

Amigos e familiares fizeram um protesto, na noite desse sábado

O ex policial penal do estado de São Paulo, de 37 anos, suspeito de matar o estudante Gabriel Ângelo Oliveira Araújo, de 26, após o atropelamento de uma cadela no bairro São Pedro, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, continua foragido.

Nesse sábado (12), dezenas de amigos e familiares, com a camisa com a foto de Gabriel e os dizeres “para sempre em nossos corações”, lotaram a Igreja Nossa Senhora das Neves, no Centro da cidade, para a missa de sétimo dia do jovem. O encontro teve momentos de muita emoção.

Rafael Angelo Araujo, primo de Gabriel, falou sobre a dor da família e afirma que irão lutar por Justiça. “Infelizmente, esse monstro está na rua. Enquanto esse monstro tiver solto, o pesadelo não acaba porque a família está desolada”, disse.

“Se ele realmente amasse o animal, a primeira coisa que ele ia fazer era socorrer a cachorra dele. Ele deixou a cachorra, entrou na casa dele, pegou a pistola, montou na moto e foi atrás do meu primo. Ele foi para executar”, acrescentou. Testemunhas contaram que o animal não se feriu gravemente e que o suspeito, tutor da cadela, não prestou os primeiros socorros.

Segundo familiares, o paradeiro do homem ainda é desconhecido e eles pedem ajuda da sociedade. Quem tiver notícias do suspeito, entre em contato pelo 190 ou pelo 181. “A gente não pode deixar a morte do Gabriel em vão porque ele interrompeu a vida de um ser humano sensacional, com um futuro brilhante pela frente”, finalizou.

Ingrid de Souza, uma das advogadas que está auxiliando a família de Gabriel, espera que o assassino seja preso o quanto antes. “A defesa conseguiu a celeridade na decretação da prisão preventiva do acusado. Mas continua foragido. Agora, estamos buscando agilidade da polícia”, explicou.

Relembre o caso

O estudante de turismo Gabriel foi morto com vários tiros à queima roupa na noite de domingo (6), no bairro São Pedro, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo familiares, ele passou o dia em uma cavalgada com a família e voltava para casa junto com um primo, uma tia e um amigo.

Segundo versão de uma das testemunhas, em determinado momento, quando eles já se aproximavam da casa da tia, uma cadela passou na frente do veículo e acabou sendo atropelado. A testemunha disse que o animal saiu correndo mancando.

Pouco tempo depois, o amigo de Gabriel estacionou na rua Maria da Conceição Ferreira e desceu para verificar a frente do veículo. Foi então que o motociclista, que vestia roupas escuras e capacete branco, se aproximou do carro e perguntou qual dos dois jovens tinha atropelado o cão.

Antes da resposta, o criminoso atirou e acertou Gabriel. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento do crime. O jovem foi socorrido para o Hospital São Judas Tadeu em Neves e morreu ao dar entrada no bloco cirúrgico.

A reportagem da Itatiaia entrou em contato com a Polícia Civil de Minas Gerais.

Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.
Repórter policial e investigativo, apresentador do Itatiaia Patrulha.

Ouvindo...