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Homem com pé amputado e artrose é condenado a capinar praça em MG; STF suspende pena

Pena de 3 anos por peculato digital foi convertida em serviços comunitários, mas morador de Ouro Fino (MG) não tem condições de fazer os trabalhos

STF suspendeu pena do Tribunal de Justiça de Minas Gerais

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) que condenou um homem com pé amputado e artrose acentuada no quadril a capinar o mato de uma praça em Ouro Fino, no Sul de Minas.

O homem foi condenado a 3 anos de reclusão em regime aberto pelo crime de peculato digital (inserir ou facilitar a inserção de dados falsos em sistemas informatizados ou públicos para obter vantagem indevida). Porém, a pena foi convertida para serviços comunitários.

A defesa conta que, ao chegar no posto de trabalho, os servidores da prefeitura passaram um serviço de “capina em um local íngreme em uma praça”, mas o trabalho não foi feito, já que o homem possui dificuldades de locomoção por conta do pé amputado e artrose acentuada no quadril.

Os advogados tentaram alterar a condenação em duas instâncias no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Por fim, decidiu ir ao STF, onde o caso foi analisado pelo ministro Edson Fachin. O magistrado decidiu converter a pena de serviços comunitários em uma multa. O valor ainda vai ser definido pela Justiça.

A decisão foi comunicada com urgência ao TJMG e, no início de agosto, transitou em julgado, encerrando a disputa judicial.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.