O prédio do Centro de Belo Horizonte ocupado por 200 famílias ligadas ao Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) estava fechado por não ter autorização da prefeitura e do Corpo de Bombeiros para funcionar. Quem afirma é o presidente do Sistema Fecomércio, Nadim Elias Donato Filho. Ele diz que as “famílias correm perigo”. O
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Em entrevista ao programa Rádio Vivo, da Itatiaia, Nadim Donato diz que entende a necessidade das famílias e que busca uma negociação tranquila para resolver o impasse.
“O imóvel é do Sena também tem um cunho social. São dois interesses sociais. Não adianta resolver um e atrapalhar o outro”, afirma.
Segundo ele, o imóvel do Senac estava desocupado por não cumprir exigências da prefeitura e do Corpo de Bombeiros para que se façam aulas no local. “Nós precisamos acertar essas exigências e fazer as reformas necessárias. Então, se não pode haver aulas para os alunos lá, como é que pode ser usado para moradia, inclusive, de crianças pequenas? O prédio não tem condições de receber nenhum dos dois”, diz.
Nadim disse ainda que pediu uma retirada pacífica das famílias. “Peço o apoio de toda população, para entender que são dois cunhos sociais. Nós sabemos a necessidade das pessoas de terem moradia, mas aquele não é o local ideal. Volto a falar, é um local para o aprendizado de alunos gratuitamente pelo Senac e pelo Sistema Fecomércio”, ressalta.
Movimento
Leonardo Péricles, um dos líderes do movimento, diz que, segundo o senso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 18 milhões de imóveis vazios. “Temos que reduzir esse número para 10 milhões”, disse Leonardo Péricles, um dos líderes do movimento.
Ainda segundo representantes da ocupação, somente em BH, existem mais de 107 mil domicílios vagos, sendo que dados de 2021 mostram mais de 9 mil sem-teto. “Quem tem casa não tem medo. Estamos falando de uma grande propriedade abandonada”, acrescentou.