O agricultor suspeito de matar a namorada, Wanderleia Stefani Leite, de 26 anos, em Barbacena, no Campo das Vertentes,
O defensor diz não saber se o ataque do cão provocou a morte de Wanderleia, mas diz ter elementos para garantir que a jovem foi atacada pelo cachorro. “Se trata de um cachorro de porte grande, da raça rottweiler. No dia dos fatos, o cachorro estava todo ensanguentado na parte do peito e do focinho. Inclusive, o cachorro também foi periciado”, afirma o advogado.
O corpo de Wanderleia Stefani Leite, que era contadora, foi encontrado na propriedade da família do suspeito no dia 16 deste mês. O comerciante recebeu voz de prisão da Polícia Militar no mesmo dia, mas foi ouvido e liberado pela Polícia Civil. No entanto, foi preso nessa terça-feira (25) e permanece à disposição da Justiça no presídio.
“Foi decretada a prisão temporária de 30 dias sob o fundamento de dar seguimento nas investigações, em que pese que o suspeito sempre esteve à disposição da autoridade policial para mais esclarecimentos, bem como para qualquer colaboração e elucidação dos fatos”, afirma Victor.
Segundo as informações da perícia, a mulher apresentava hematomas pelo corpo, tinha braços e pescoço amarrados e o rosto desfigurado.
A Itatiaia procurou a família de Wanderleia e aguarda retorno.
Entenda o crime
De acordo com o boletim de ocorrência,
“Antes de sair de sua casa, a sr.ª Wanderleia tentou lhe impedir, correndo atrás de seu veículo e chamando pelo seu nome, último momento em que viu sua namorada com vida. Segundo ele, as discussões entre o casal eram constantes, porém, nunca ocorreram agressões físicas entre eles”, disse o jovem à polícia.
Na manhã de domingo (16), o pai do jovem encontrou o corpo de Wanderleia em um campo, ao lado da residência da família. O homem contou à polícia que, durante a madrugada, viu alguns objetos da jovem do lado de fora do sítio. Ele chamou pelo nome dela e de seu filho, mas não os encontrou. Ele foi dormir e na manhã seguinte encontrou o corpo da jovem.
Ainda segundo o boletim de ocorrência, o namorado encontrou com o pai de Wanderleia e, mesmo sabendo que ela estava morta, não falou sobre o ocorrido. O pai da jovem disse no boletim que o comerciante ainda sorriu, informação negada pelo rapaz.
O comerciante ficou sabendo pelos militares que Wanderleia estava amarrada com fita e um cinto. Mesmo assim, manteve a versão de um suposto ataque do cachorro da família.
“Diante do exposto, devido a versão apresentada por ele e demais evidências, foi dado voz de prisão em flagrante delito ao mesmo, sendo preservados seus direitos constitucionais, o qual foi devidamente conduzido juntamente com a testemunha e demais materiais apreendidos, até a delegacia de Polícia Civil do município, para esclarecimentos dos fatos”, aponta o documento.