O Tribunal de Justiça de Santa Catarina decidiu que a seguradora Sompo não deve pagar seguro à família de Roberto Angeloni, empresário morto em acidente com um Mercedes-Benz AMG GT a mais de 180 km/h na BR-101 em Biguaçu, na Grande Florianópolis-SC, em junho de 2020.
A decisão, unânime, é da 1ª Câmara Civil do TJSC. “O sinistro ocorreu em plena luz do dia, com céu limpo, pista seca e visibilidade ampla, sem cerrações, fumaça ou outras condições desfavoráveis. O pavimento asfáltico, embora antigo, não apresenta deteriorações, apenas um defeito de geometria chamado ‘salto de deflexão’, que pode ter contribuído para a perda do controle do veículo sinistrado e início do processo de derrapagem”, diz trecho da decisão que negou o pagamento da indenização do seguro da vítima. O valor da causa de danos materiais é de R$ 1.103.373. As informações são do UOL, que conseguiu retorno com os responsáveis pelo espólio de Roberto Angeloni.
Natural de Criciúma-SC, Roberto é filho de Antenor Angeloni, fundador da rede de supermercados Angeloni e ex-presidente do Criciúma Esporte Clube. Roberto morreu aos 51 anos e, na época era gerente de operações da rede.
O acidente ocorreu após Roberto se encontrar com o pai e com a madrasta em Criciúma. Ele seguiu com o Mercedes para Curitiba-PR, mas bateu o veículo em um trecho com velocidade máxima de 80 km/h. O de luxo dividiu ao meio ao bater em um poste à margem da rodovia.
A perícia aponto que o Mercedes-Benz AMG, avaliado em R$ 1,8 milhão, estava a 180 km/h, mas antes o empresário estaria a pelo menos 221 km/h