Familiares de uma mulher que morreu na última sexta-feira (9), em Belo Horizonte, denunciam o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) por omissão de socorro. Segundo a mãe de Camila Donato Gomes da Silva, de 33 anos, ela morreu depois que o serviço se negou a enviar uma ambulância até a casa da vítima, no bairro Ribeiro de Abreu, Região Nordeste da capital.
De acordo com a mãe, uma ligação foi feita para o SAMU às 1h27 da madrugada de sexta, quando a filha começou a passar mal. A mulher foi atendida por uma médica que, segundo ela, se recusou a enviar a ambulância.
A equipe só foi até o local após uma segunda ligação, às 7h40 - seis horas depois do primeiro pedido de socorro. Mas, Camila já estava morta. “Quando eu passei a mão no rosto dela, ela já estava gelada”, contou a mãe ao G1.
Prefeitura nega omissão
Procurada pela Itatiaia, a Prefeitura de Belo Horizonte afirmou que lamenta o ocorrido e que os chamados ocorreram em momentos distintos. O município informa que o socorro não foi enviado após a primeira ligação, pois “os relatos iniciais se tratavam de vítima desorientada e doença sem agravo emergencial que justificasse o envio de ambulâncias”.
O órgão ainda esclarece que, mesmo sem a equipe ir até o local, a mãe da vítima foi orientada sobre os cuidados e para encaminhar a paciente até um serviço de urgência, caso necessário.
A prefeitura também disse que houve um grande espaço tempo até que a família solicitasse um novo atendimento, já pela manhã. No momento da segunda ligação, a vítima estava em parada cardíaca, que evoluiu para o óbito. Na ocasião, duas ambulâncias chegaram a ser enviadas.
