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Professores da rede municipal de Rio Acima fazem paralisação por melhores salários nesta terça (23)

Manifestantes afirmam que docentes da categoria P1 recebem salário inferior ao piso nacional

Manifestantes caminharam pelo centro até a prefeitura de Rio Acima

Professores da rede municipal de Rio Acima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, paralisaram as atividades, nesta terça-feira (23), para protestar por melhores condições de trabalho. De acordo com os docentes, os profissionais da categoria P1 recebem um salário inferior ao piso nacional. Além dos professores, cargos como o de auxiliar de serviços gerais possuem um salário-base menor que o mínimo nacional.

Os manifestantes caminharam pelo centro da cidade com cartazes e foram até a porta da prefeitura para pedir melhorias.

Segundo uma professora que aderiu ao movimento, existem três categorias salariais para os docentes: P1 (R$ 1.847,00), P2 (R$ 2.635,75) e P3 (R$ 3.126,00). É a partir destes salários que são calculados benefícios como 13°, férias e INSS. Os manifestantes questionam essa diferenciação salarial, já que quase todos os professores da rede municipal possuem graduação e muitos possuem pós-graduação.

O ato também reivindica melhores salários para os auxiliares de serviços gerais que trabalham nas escolas do município. “Um auxiliar que trabalha no administrativo do município ganha um salário-base de R$ 2.886,07. Já os que trabalham na escola recebem só R$ 1.072. Menos que o salário mínimo”, afirma uma denunciante.

Para que a quantia paga alcance o valor do salário mínimo de R$ 1.320, os manifestantes alegam que a prefeitura paga abonos. Porém, esses benefícios não são considerados nos cálculos para a aposentadoria dos servidores.

De acordo com os docentes, no fim do dia, uma nova assembleia irá definir se a paralisação deve continuar. “Se a prefeitura não conversar com a gente, não apresentar melhorias, a greve terá duração indeterminada”, enfatiza uma manifestante.

Resposta da Prefeitura

Em resposta à Itatiaia, a prefeitura de Rio Acima afirmou que estabelece um reajuste salarial de 6% e um aumento para o vale alimentação de 10%. Além disso, afirmou que nenhum servidor recebe abaixo do Salário Mínimo Nacional devido aos adicionais de direito.

O órgão também afirmou que irá fornecer uma complementação dos salários para que eles sejam enquadrados integralmente ao Salário Mínimo Nacional.

(Sob supervisão de Enzo Menezes e Marina Borges)

Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.