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K9: droga zumbi é apreendida na Grande BH e encontrada em presídios do Rio

Substância com alto poder de dependência não circula nas ruas do Rio de Janeiro nem da capital mineira, mas já é registrada em penitenciárias

K9 pode ser pulverizada em cigarros, papeis ou usada em cigarros eletrônicos

A K9, droga conhecida pelos fortes efeitos e grande potencial de dependência, já é encontrada fora de São Paulo, estado onde a substância tem se espalhado rapidamente. A substância já foi apreendida recentemente em pelo menos três presídios do Rio de Janeiro, além de ter sido encontrada com um visitante de uma penitenciária da Grande BH.

A Polícia Civil carioca já fez apreensões da K9 em pelo menos três penitenciárias do Rio de Janeiro. São elas: Evaristo de Moraes (São Cristóvão), Hélio Gomes (Magé) e Juíza Patrícia Acioli (São Gonçalo).

A assessoria da Polícia Civil do Rio de Janeiro esclareceu que, até o momento, a droga não foi encontrada circulando entre usuários nas ruas do estado, mas apenas dentro do ambiente penitenciário. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) investiga como a droga chegou até o Rio de Janeiro. A Itatiaia entrou em contato e aguarda retorno.

K9 na Grande BH

No último domingo (14), um rapaz de 18 anos foi preso após tentar entrar com várias drogas dentro do ânus na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O jovem estava indo visitar um amigo na cadeia quando foi flagrado pelo scanner da vistoria.

Após passar pela segunda vez no scanner, o suspeito admitiu que havia colocado dentro do ânus um pacote com várias drogas. Na embalagem, foi encontrada uma cartela com 200 quadrados de K4 (igual a K9), além de maconha, cocaína e LSD. O mesmo jovem teria tentado entrar na penitenciária com drogas no mês passado, mas acabou desistindo após passar pelo scanner.

O que é K9?

K2, K4, K9, Spice e Maconha Sintética são nomes populares para as substâncias químicas que agem nos mesmos receptores afetados pelo THC e canabidiol, substâncias presentes na maconha. A K9 pode ser usada pulverizada em cigarros e em papéis que são fumados ou dissolvidos debaixo da língua, ou utilizada em cigarros eletrônicos.

Além de causar extrema dependência, a K9 também pode levar a quadros de intoxicação, overdose, problemas cardíacos e até queda. Alterações comportamentais como sonolência e sonambulismo fizeram a substância ser apelidada de “droga zumbi”.

(Com informações de Felipe Quintella)

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.