O advogado Mateus Drubscky, que representa o dono de um Volvo XC 40 híbrido, ano 2021, incendiado na Zona da Mata de Minas, cita outros episódios de incêndio envolvendo a marca e questiona se o modelo pode rodar na chuva. O caso ganhou repercussão após o dono do carro de luxo, que pode custar até R$ 300 mil, colocar a carcaça do veículo na porta da concessionária, onde o carro foi comprado, na avenida Raja Gabáglia, bairro São Bento, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
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De acordo o dono, que não vai se identificar, o Volvo XC 40 Híbrido, que estava na garantia, pegou fogo durante uma viagem para o Rio de Janeiro. O cliente diz que a concessionária e a fabricante se eximiram da responsabilidade e, por isso, ele revolveu protestar e acionar a Justiça.
A reportagem procurou a agência e a fabricante e ainda não teve retorno.
“Enviaram um e-mail informando que ( o incêndio) foi por vazamento de líquido do motor, líquidos quentes. Por isso que houve a combustão e o motor trincou, provavelmente, pela aspiração de água da chuva. Está bem expresso no e-mail. Tenho comigo que o veículo então não pode tomar chuva, porque pode trincar o bloco do motor e pegar fogo. Foi a justificativa que eles deram e isso seria, segundo a fabricante, uma excludente da responsabilidade”, disse Drubscky.
O advogado disse que o cliente não quer visibilidade com o protesto, mas apenas mostrar os riscos uma vez que, segundo ele, há registro do mesmo problema com o modelo.
“Como ele ficou desassistido, resolveu apresentar o caso. Ele, que não se identificou em nenhum momento, não busca nenhum tipo de vantagem indevida. É mesmo para mostrar o que aconteceu, até porque não é o primeiro, não é o último. Além desse caso, a gente sabe que no ano passado um veículo da marca Volvo incendiou de forma espontânea na avenida Raja Gabaglia. Nós temos também outros casos no Brasil. Em Limeira-SP, um veículo do mesmo modelo incendiou também. São fatos reiterados e, aparentemente, a fabricante, que apresenta o carro como mais seguro do mundo, não presta assistência devida aos seus consumidores”, disse.
O advogado disse ainda que o cliente não acionou
Além do protesto, o dono do XC 40 criou perfil meuxc40revisado em uma rede social no qual descreve, cronologicamente, o que teria ocorrido. Ele usa o nome fictício de João e diz que estava ‘muito feliz’ com o veículo e que, por ser o ‘carro mais seguro do mundo’, a esposa viajava sempre para o interior de Minas. “As revisões eram feitas na concessionária, em função da garantia que era até 05/23”, diz trecho de uma postagem.
*Com colaboração de Luis Otávio Peçanha