O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) mandou soltar Paulo Alberto da Silva Costa, de 36 anos, que foi condenado injustamente em 62 crimes a partir de reconhecimento fotográfico.
Ele trabalha como porteiro e está preso desde 2020, no Complexo de Bangu, na zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele foi apontado como suspeito de 61 crimes, a maioria de roubos.
Segundo informações, ele teve fotos de suas redes sociais coladas no mural da delegacia de polícia de Belford Roxo, no Rio, e passou a ser apontado como autor dos crimes, mesmo sem a realização de trabalhos policiais para confirmar as acusações.
Ele foi condenado a oito anos de reclusão em regime inicial fechado e cumpria pena há três anos. Nesta quarta (10), Paulo foi absolvido da acusação de roubo e o STJ determinou a extinção das 62 acusações e que ele seja solto de forma imediata.
Divergência
Em um dos casos em que foi condenado, o criminoso em questão foi descrito como um jovem pardo, magro e com cavanhaque. Após a divulgação das fotos de Paulo, cerca de 15 dias depois, a vítima definiu que o suspeito se tratava de um homem negro, magro, com cerca de 1,75m.