A operadora Claro foi condenada a indenizar uma psicóloga de Pouso Alegre, no Sul de Minas, que teve três linhas de celular cortadas sem motivo aparente. A mulher vai receber R$ 10 mil por danos morais e ainda deve ter o serviço de telefone reativado em até três dias úteis.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a vítima possuía as linhas desde 2020, e a cliente fez um plano no valor de R$ 170,00 mensais em março de 2022. Os celulares seriam utilizados por ela, pela mãe dela e também na empresa do ex-marido.
Poucos meses depois, a Claro começou a enviar faturas mais altas, mas ela continuou pagando os boletos. Em novembro, a psicóloga foi surpreendida com o corte das linhas e decidiu entrar na Justiça pedindo a reativação do serviço e uma indenização de R$ 15 mil por danos morais.
A operadora alegou que cancelou as linhas por conta de uma dívida de R$ 182,35 que não foi comprovada. O juiz Napoleão da Silva Chaves determinou que a operadora deve indenizar a psicóloga em R$ 10 mil, além de reativar as linhas em até três dias úteis. Na sentença, o magistrado afirmou que a mulher foi alvo de “cobrança indevida”, já que a suposta fatura atrasada havia sido paga.
Os advogados Rafael Sales Murta e Demetrius Sales Murta, que representaram a psicóloga no tribunal, alegam que a cliente foi prejudicada por conta da ação da operadora e, por isso, a indenização foi cobrada.
“ Ela teve prejuízo, principalmente o pessoal. O serviço telefônico é essencial, hoje em dia a pessoa não tem como a pessoa ficar sem telefone. Ela ficou por um bom tempo sem acesso, sem poder falar com o filho, com a família e com os seus clientes, já que ela é psicóloga.”
A Itatiaia entrou em contato com a Claro, que enviou o seguinte posicionamento: “A Claro não comenta decisões judiciais”.