O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) expediu, na segunda-feira (8), um mandado de prisão contra o médico Álvaro Ianhez, condenado por matar e retirar os órgãos do
A informação foi confirmada na tarde desta terça (9) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O Supremo Tribunal de Federal (STF) e de Justiça (STJ) haviam expedido um
O MPMG questionou a decisão, citando a chamada “cláusula de reserva de plenário” para afastar a aplicação do texto expresso em lei. O STF deu razão ao Ministério Público mineiro e pediu para o STJ reavaliar a situação. Com isso, o STF derrubou o habeas corpus que impedia a execução da pena imposta ao médico. Com isso, o médico já pode ser detido a qualquer momento.
Relembre o caso
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Durante as 24 horas em que ficou no hospital até a declaração da morte cerebral, o menino recebeu medicamentos diversos, foi submetido a longa anestesia geral e recebeu doses excessivas de Dormonid, um forte sedativo.
A denúncia aponta ainda que o garoto não recebeu atendimento durante toda a noite do dia 20 e manhã do dia 21 de abril de 2000, quando apresentou grave hipotensão sistólica. Os médicos acusados sabiam que ele era um potencial doador de órgãos, e trataram do assunto antes de a morte ser confirmada.
O garoto ainda estaria vivo no momento em que os órgãos foram retirados, e segundo o exame de corpo de delito, os exames que comprovariam a morte causaram lesões que agravaram o estado de saúde dele.
O médico Álvaro Ianhez foi
Segundo a decisão judicial, Álvaro Ianhez, após contato de outro acusado, José Luiz Gomes da Silva, passou a auxiliá-lo nos procedimentos em relação à vítima, o que é proibido por lei.