Na manhã desta quarta (3), Caio Abreu, de 8 anos, morador do bairro Planalto, região da Pampulha, recebeu uma visita surpresa de 14 Bombeiros Militares com cinco carros e caminhões da corporação. O jovem sempre foi apaixonado pelos bombeiros e ganhou o uniforme vermelho, capacete, caminhões de brinquedo, tirou foto e abraçou os que hoje exercem a profissão dos sonhos.
A visita é muito especial porque, recentemente, a família descobriu que ele sofre de uma doença autoimune, a leucodistrofia, que, entre os sintomas, prejudica a visão. Caio precisará passar por uma cirurgia de risco, podendo até não enxergar mais. Enquanto isso, ele pode aproveitar o momento e agradeceu os bombeiros pelos presentes e a visita.
“Hoje é o dia mais feliz. Minha rua estava cheia de caminhões de bombeiros. Apertei a sirene, puxei a mangueira, foi demais”, conta, alegre.
Leucodistrofia
A mãe do Caio, Daniele Alves de Abreu, explica a doença do filho que descobriu recentemente.
“Não sabemos se ele tá perdendo a visão tão rápido por causa da doença, isso vai ser descoberto no dia 11. Em menos de um ano ele está perdendo 2% da vista em cada olho. Eu estou esperando três óticas me darem uma resposta sobre uma lente, mas ninguém consegue me ajudar”, questiona.
Daniele também comentou que descobriu um outro menino com a mesma condição que está sendo tratado em Belo Horizonte e passou por um transplante ocular. O jovem tem a mesma idade de caio e as famílias descobriram a condição na mesma época. De acordo com ela, foi uma situação bem radical para eles.
Emoção
A avó de Caio, Acácia Andreia Alves, estava muito emocionada ao ver as memórias que o neto criou nesta quarta.
“Ele acompanhou muito o resgate lá de Brumadinho e me falava: ‘vó, vou crescer e vou salvar vidas!’. Isso é muito importante para mim, fico sem palavras. Só uma avó sabe como que um amor de ‘vó', é maior do que amor da mãe com os filhos”, conta, tocada ao ver a alegria do neto.
A Sargento Natália representou o Corpo de Bombeiros para se dizer satisfeita por poder realizar o sonho do menino.
“A gente fica emocionado, eu me imagino no lugar dessa mãe, até mesmo da avó que ajuda na criação dele. É muito satisfatório ver um sonho do nosso filho sendo realizado. Foi muito emocionante pra eles e foi muito emocionante para a gente também”, completa.