Notícias de falsos ataques que circulam em grupos de mensagens de alunos, em Ponte Nova, na Zona da Mata mineira, deixaram estudantes e pais apreensivos nesta segunda-feira (10). No entanto, a Polícia Civil afirma que são postagens “que não têm origem.” Algumas escolas chegaram a divulgar comunicados sobre segurança.
A Polícia Civil (PC) reforçou à Itatiaia que provocar alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto é crime passível de prisão.
“A orientação é para que as pessoas não repassem informações das quais não sabem a origem, pois podem incorrer em crime/contravenção. A PC vai investigar qualquer possível ameaça ou fakenews e também realizará visitas preventivas às escolas”, reforça a Polícia Civil. “No momento, não há nada de concreto que leve a crer na veracidade das ameaças”, reforça nota da prefeitura.
Uma das escolas postou a seguinte mensagem:
“Diante de vários comentários nas redes sociais, informamos que reforçaremos nossa segurança na escola e ficará a critério de cada família a presença ou não do filho (a) na escola, nesta segunda-feira (10), ficando garantido que nenhum deles será prejudicado se optarem por não ir.”
Em outro comunicado, de outras escola, a direção deixa claro que o estacionamento ficará fechado.
“Amanhã (10), manteremos nosso estacionamento fechado para pessoas que não fazem parte da escola. Contudo, fica a critério de cada família a presença ou não do (a) filho (a) na escola e que a segurança nas portarias de acesso à escola serão reforçadas.”
A 21ª Companhia Independente de Polícia Militar, em Ponte Nova, iniciou às 8h desta segunda-feira (10), patrulhamento e contato nas escolas das 14 cidades pertencentes à 21ª Cia, “tanto no entorno como no interior das escolas, com trabalhos de conscientização, dicas de segurança, criação de redes de proteção escolar para divulgação de informação e estreitamento de vínculos.”
Operação da PM
A Polícia Militar lançará, nesta segunda-feira (10), a Operação de Proteção Escolar em Minas. “O objetivo é proteger o ambiente escolar, garantindo a segurança e o bem-estar dos estudantes, professores e demais profissionais da educação em todas as regiões de Minas.”
O programa de reforço na segurança em escolas mineiras é anunciado logo após os ataques que mataram quatro crianças em Santa Catarina e uma professora em São Paulo no intervalo de 10 dias.
O chefe do Centro de Jornalismo da Polícia Militar, tenente-coronel Flávio Santiago, adiantou à Itatiaia que um dos objetivos é evitar que ataques ocorridos em outros áreas do Brasil influenciem novas ações do tipo aqui em Minas.
Para isso, o serviço de inteligência será intensificado para identificar qualquer possível ameaça que coloque a comunidade escolar em risco.
“A Polícia Militar começa essa série de medidas para que o nosso estado fique e continue isento a uma série de situações, inclusive de espelhamento, que podem ocorrer baseados em acontecimentos fora do estado mas que porventura podem ser copiados. A integração no nosso estado funciona muito bem e isso favorece também que as ações da corporação sejam atingidas na sua plenitude. O governo, através das suas múltiplas secretarias, consegue fazer com que haja uma continuidade além dos serviços de inteligência e monitoramento que passam também a ser maximizados para que nós façamos o monitoramento e a proteção de todos aqueles que orbitam a família escolar sendo professores, coordenadores, colaboradores, e o os alunos e familiares. O mais importante é termos o policial militar sempre à disposição para fazer com que nós tenhamos a rápida resposta e a proteção a todos esses envolvidos.”