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Belo Horizonte é 4ª capital do país com maior aumento no preço do aluguel, aponta pesquisa

Valor se refere ao acumulado dos últimos 12 meses

Valor se refere ao acumulado dos últimos 12 meses

Belo Horizonte foi a quarta capital do país com o maior aumento do aluguel, no acumulado dos últimos 12 meses, segundo o índice FIPEZAP+, que acompanha o preço médio de locação de imóveis residenciais em várias cidades do país.

Segundo o indicador, o aumento na capital mineira foi de 21,73%, acima dos 17,05% registrados na média nacional. Em Belo Horizonte, o preço médio do aluguel, no mês passado, foi de 32,50 por m² do imóvel.

A vice-presidente das administradoras de imóveis da CMI SECOVI, Flávia Vieira, explica os fatores que influenciaram neste aumento considerável do último ano, entre eles as vagas de garagem.

“Uma região bem atendida por serviços, escolas, faculdades, empresas de grande porte, clubes, praças e facilidades sempre serão o fator de impacto positivo no valor do aluguel. Um outro fator é a de vagas de garagem, ou a disponibilidade de vagas, que é um fator também que agrega muito valor a ao aluguel.”

Morador de Belo Horizonte, o engenheiro Samuel Amâncio paga aluguel, mas os aumentos recentes motivaram o início de uma busca pela casa própria.

“Estamos procurando um imóvel para comprar devido ao valor do reajuste no ano de 2021 e 2022. Eu acho que nos últimos anos nós tivemos mais de 15%, 16% de reajuste e esse valor é acumulado. Ele excedeu o que a gente esperava do aluguel e hoje está valendo a pena entrar num financiamento, para a fazer aquisição de um imóvel.”

Segundo o FipeZap, as variações não ocorreram de forma homogênea na cidade. O bairro Gutierrez, região Oeste de Belo Horizonte, teve um aumento de 63,9% no valor médio do aluguel, chegando aos R$ 31,10 por m², em média. Já um imóvel na Savassi, região Centro-Sul da capital, tem o aluguel mais caro da cidade, em média, custando R$ 49,20 por m², com variação de 19,8% nos últimos 12 meses. No Belvedere, também na região Centro-Sul, os preços já eram altos, mas não subiram tanto: o reajuste foi de 5,2% e a média é de R$ 47,10 por m².

Ana Luiza Bongiovani é jornalista e também graduada em direito. É repórter da Itatiaia.