Quem precisou de atendimento médico nesse domingo (26), em algumas UPAs de Belo Horizonte, esperou em média 12 horas para ser consultado. Entre as principais reclamações dos pacientes está a falta de médicos pediatras.
“Toda vez que a gente vem aqui não tem pediatra. Uma unidade de emergência igual a essa aqui tinha que ter pediatra de plantão. Chega uma criança quase morrendo aqui, como que eles vão fazer? Até transferir para outro lugar, a criança já morreu. Isso é um descaso. Está difícil, não tem profissional”, desabafou o pai de uma criança que aguardava atendimento na UPA Oeste, na avenida Barão Homem de Belo, região Oeste da capital.
Na UPA Leste, na avenida dos Andradas, a população também reclama do atendimento pediátrico.
“Minha filha está passando mal, há quatro dias. Ela foi no Posto de Saúde e falaram que se agravasse a situação dela era pra trazer pra UPA. Estou aqui desde as 5h e até agora a gente não foi atendido. Ela é autista e tá com febre e manchas no corpo”, reclama Geraldo Magela do Carmo, 52 anos, pai da criança.
Mas não é só o atendimento pediátrico que tem gerado reclamações. Adultos também têm ficado horas esperando um médico.
André Felipe Batista Pereira, eu tenho 26 anos, sou psicólogo.
“A situação do atendimento aqui tá péssima. Eu cheguei aqui 1 hora da manhã, fui atendido às 10 horas. Agora são quase meio dia, tá fazendo quase 12 horas que eu tô aqui na UPA para conseguir pegar um medicamento. No turno da madrugada tinha, no máximo, seis pessoas aqui”, disse André Felipe Batista Pereira, 26 anos, psicólogo.
Por meio de nota a prefeitura de Belo Horizonte informou que no município são nove unidades de pronto atendimento, uma em cada regional da da cidade, e que há atendimento pediátrico nas UPAs Barreiro, Leste, Nordeste, Norte, Oeste, Pampulha e Venda Nova. Ainda, segundo a nota, essas unidades trabalham com escala para atendimento pediátrico formado por três profissionais no plantão. Essas unidades trabalham com escala para atendimento pediátrico formado por 3 profissionais no plantão diurno (7h às 19h) e três no plantão noturno (19h às 7h).
A prefeitura encerra a nota dizendo que quando há faltas pontuais a Secretaria Municipal de Saúde atua para a recomposição da equipe. “Quando não é possível contratar um médico em tempo hábil há uma articulação entre as unidades e profissionais de forma a garantir o atendimento à população.”
“Devido à pactuação para configuração da rede de urgência e emergência, foi estabelecido que a UPA Centro Sul concentra seus atendimentos a pacientes adultos. Os atendimentos de urgência pediátrica são realizados pelo Hospital João Paulo II, de gestão da FHEMIG. Na regional Noroeste, os atendimentos pediátricos de urgência são realizados no Pronto Socorro do Hospital Odilon Behrens.”