“Vagabundo, abra aí. Você verá o que vai acontecer com você. Coloque a mão em mim e amanhã você vai amanhecer morto, você vai ver se Deus não te mata”. Um religioso da Assembleia de Deus, em Venda Nova, denunciou à polícia ter recebido estas ameaças de um pastor da congregação que
A polícia foi chamada para impedir a invasão e a continuidade das ameaças. A disputa pela administração do templo da Assembleia de Deus de Madureira seria o motivo da briga.
O boletim de ocorrência aponta que o desentendimento ocorreu pelo controle da sede de Belo Horizonte, fundada em 2012. O pastor responsável pelo templo da capital disse que ele foi fundado sem nenhum recurso enviado pela igreja sede, que teria cedido apenas o CNPJ. O líder, então, convocou uma assembleia e, por unanimidade, foi decidido o desligamento da matriz. Ainda conforme o religioso de BH, a decisão desagradou ao presidente da congregação de São Paulo, que classificou o movimento como ‘rebelião’. Esse impasse resultou na ‘invasão’ do último sábado.
“Estava reunido na igreja com os membros quando o pessoal de São Paulo chegou, por volta das 3h, e iniciou-se um atrito verbal e o presidente da igreja em Madureira me chamou de ‘vagabundo’ e ameaçou: disse o homem em depoimento à polícia.
O pastor de Belo Horizonte disse que o presidente da congregação de São Paulo estava acompanhado de outros 30 fiéis, que bateram no portão até danificá-lo.
Outro lado
O registro policial também apresenta a versão do presidente do Ministério Madureira. Ele disse que foi informado sobre uma ‘rebelião’ e chamado para a reunião mensal, conforme previsão estatutária. Além disso, garantiu que foi informado por telefone sobre a desvinculação do templo, medida que só poderia ser tomada com pedido formal à sede. O líder do Ministério disse que chegou à capital com 30 pastores, sendo nove da diretoria, para empossar o novo líder para BH, mas todos foram impedidos de entrar no templo de Venda Nova.
“Aqui o senhor não vai entrar. O senhor não possui nada aqui, a igreja é nossa”, destaca o bo sobre o que o pastor de Belo Horizonte teria dito ao presidente da congregação, que apresentou a escritura de propriedade da igreja.
“Pastorzinho, o senhor não é homem, só está interessado no prédio, não tem interesse nas pessoas que estão aqui”, teria dito um fiel que estava dentro da igreja ao presidente do Ministério.
A Itatiaia entrou em contato com a Assembleia de Deus de Belo Horizonte e não obteve retorno.