Foi transferido para o presídio federal de Catanduvas, no estado do Paraná, na manhã desta segunda-feira (13), Israel Efraim Gomes, vulgo Rael, 37 anos, apontado pela segurança pública de Minas Gerais como um dos traficantes mais poderosos e perigosos do estado. Rael, segundo o Ministério Público (MP), estaria por trás da guerra do tráfico entre as vilas da Paz e Joana Darc, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A transferência de Rael para o Sistema Penitenciário Federal foi um pedido do Ministério Público (MP) aceito pela juíza Barbara Isadora Santos Sebe Nardy, da comarca de Ribeirão das Neves. O MP alega que Rael estaria por de trás da guerra sangrenta do tráfico entre as vilas da Paz, em Contagem, e Joana Darc, no Barreiro em Belo Horizonte. O conflito, de acordo com o MP, já resultou em pelo menos 12 homicídios consumados e cinco tentados.
O MP sustenta, ainda, que ele seria o braço direito de Dalmo, “O Rebelde”, considerado o bandido mais procurado de Minas Gerais e do alto escalão do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ainda, de acordo com o MP, Israel teria comandado a queima de ônibus além de fazer ameaças a um policial penal.
Transferência
A transferência foi registrada na manhã de hoje (13) em uma operação sigilosa. Rael chegou em Catanduvas por volta de 10h30 e ficará no sistema federal por pelo menos um ano. O prazo pode, ainda, ser renovado caso seja comprovada a necessidade.
Defesa
O advogado de defesa do suspeito, André Vartuli, entrou em contato com a Itatiaia para explicar a situação
“O que se percebe na realidade é que o Ministério Publico está queixoso, queixoso pq no júri de Belo Horizonte absolvemos o Israel, na última sexta (10) também absolvemos do crime de associação criminosa, bem como decotamos as qualificadoras de 16 anos que falamos que não existia”, explica.
André afirma que a transferência é uma medida de vingança, e por isso tentaram imputar ao suspeito a liderança dos tráficos.
Por fim, ele afirma que vão recorrer à decisão e que ela será encaminhada ao Supremo Tribunal Federal se necessário.
“Estou indo para o Paraná agora para averiguar em quais circunstâncias essa transferência foi realizada. O que eu posso garantir é que todas as medias para questionar isso serão ajuizadas”, completa.