As duas crianças, de 6 e 9 anos,
As crianças de 6 e 9 anos foram encontradas nessa terça-feira (21) de Carnaval após uma vizinha acionar a Polícia Militar (PM). Conforme a denunciante, elas estavam há três dias sem comida e banho. As responsáveis não foram encontradas. Os militares envolvidos na ocorrência só descobriram que os meninos deram nomes falsos quando foram ao hospital Odilon Behrens para saber informações sobre o estado de saúde.
“Ambos são filhos de uma mulher que possuía prontuário pelo crime de maus-tratos envolvendo um outro filho dela. segundo a criança de 9 anos, eles não falaram o nome verdadeiro, pois a avó teria orientado eles a falarem nome falso”, descreve trecho do boletim de ocorrência. A avó, que seria adotiva, foi identificada e é procurada pela polícia.
A reportagem procurou a Polícia Civil para saber com quem as crianças estão e aguarda posicionamento.
Filho morto
Conforme registro policial sobre a ocorrência do dia 6 deste mês, a mãe disse que dormia com duas crianças em um quatro e o filho que morreu estava em outro. A mulher contou as crianças acordaram para fazer xixi e ela encontrou o filho de quatro anos caído no chão de barriga para baixo, com os olhos roxos e sem responder aos chamados. Ela então teria chamado o namorado, que estava no quintal, e levado o menino para a UPA, onde chegou morto.
A mãe apresentou versões para os ferimentos do filho: ele teria caído e sido queimado por uma lagarta.
Acionada, a Polícia Militar foi até a casa da família e encontrou as outras crianças, com sinais de desnutrição, na casa de uma vizinha. Elas foram levadas ao Conselho Tutelar.
Lagoinha
A vizinha que encontrou as crianças em Belo Horizonte afirmou nunca tê-las visto no prédio. No apartamento onde estavam moram duas mulheres, uma idosa e outra com cerca de 40 anos. À polícia, as crianças informaram que as mulheres são avó e tia adotivas.
“É a primeira vez que eu vejo eles, mas já vi o pessoal dessa casa, eles vêm aqui muito raramente, são duas senhoras, uma de idade e outra que aparenta ter mais ou menos uns 38 anos. Eles alegam que elas são tia e avó, mas eles não falam da mãe. Eu pensei até em arrombar o apartamento antes, só que o pessoal falou que ia dar invasão de domicílio”, disse a vizinha.