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Desabamento do Morro da Forca, em Ouro Preto, completa um ano; casarão histórico ficou destruído

Um princípio de deslizamento, em janeiro deste ano, fechou novamente a região do Morro da Forca

Há um ano, no dia 13 de janeiro de 2022, a cidade histórica de Ouro Preto, na região Central de Minas, acompanhava incrédula o desmoronamento do Morro da Forca que provou a destruição do casarão antigo Baeta Neves. Imagens impressionantes, em vídeo, do momento do desastre rodaram o mundo. Às vésperas do desabamento completar um ano, um princípio de deslizamento voltou a fechar as ruas do entorno, no último sábado (7). Até o momento, o trânsito de veículos e pedestres segue interditado.

Na época do incidente, ninguém se feriu, mas várias interdições foram registradas na cidade histórica. O geólogo da Defesa Civil municipal, Charles Murta, explica a situação atual requer atenção, principalmente porque ainda há previsão de chuva para os próximos dias.

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“A situação ainda é de atenção porque uma placa pendente que se desprendeu com as últimas chuvas continua se movimentando e vários blocos já desceram. A perspectiva é que ela venha abaixo com uma chuva muito intensa e por esse motivo a área ainda continua interditada, tanto para veículos quanto para pedestres.”

A previsão para os próximos sete dias é de tempo mais ameno com pouca chuva, mesmo assim, o alerta continua.

“As condições do tempo de acordo com as últimas observações são mais animadores. Mas, de modo geral, com uma visão que nós chamamos uma visão mais holística, temos para os próximos sete dias um volume de chuva relativamente pequeno. O nosso grande objetivo e preocupação seria aguardarmos essa estiagem para que o solo drene um pouco da água devido a alta saturação. Nós precisamos disso para que haja o restabelecimento da segurança geológica.”

Casarão Baeta Neves

O casarão que foi completamente destruído pelo desmoronamento é lembrado com tristeza pelos moradores de Ouro Preto. Datado do século XVII e guardava importantes joias da história brasileira, como elementos arquitetônicos de colunas e pisos, como também objetos de grande valor patrimonial.

A secretária de cultura e turismo da cidade, Margareth Monteiro, explica que aproximadamente 80% do que foi atingido acabou sendo recuperado.

“Em relação aos elementos artísticos incorporados à edificação do Solar Baeta Neves e os elementos construtivos nós podemos dizer que recuperamos 80%. Tudo que tinha de mais valor, como o forro, os ladrilhos hidráulicos, as peças de cantaria, os balaústres e vários outros elementos foram recuperados, higienizados e devidamente acondicionados.”

A prefeitura pretende fazer, em breve, uma grande exposição itinerante para mostrar a história do Casarão Baeta Neves.

“Ainda hoje conversava com o Ministério Público sobre a possibilidade de fazer uma grande exposição itinerante para mostrar o que é o Baeta Neves. A nossa intenção é, na medida do possível nas edificações, nos prédios públicos, nos bens culturais do município que estão em fase de recuperação, de restauração e de obras, que esses elementos sejam incorporados.”

Com informações da repórter Isabela Vilela

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