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Pedreiro morto por engano em BH saiu de casa para cortar cabelo: ‘não tem Natal’

Alvo seria um conhecido da vítima que saiu da cadeia graças ao benefício da saidinha de Natal

Pedreiro era bastante conhecido no bairro Santa Terezinha

O pedreiro de 52 anos assassinado por engano no bairro Santa Terezinha, região da Pampulha de Belo Horizonte, saiu de casa para cortar o cabelo. O crime ocorreu na noite dessa sexta-feira (23) e a vítima, identificada como Welher Marley Ribeiro Correa, foi morta com vários tiros.

Em entrevista à Itatiaia, a esposa de Welher, Luciana Ribeiro Salvador, disse que o Natal acabou e que o alvo seria um conhecido do marido que teria se envolvido com uma mulher casada. Esse homem, de 32 anos, cumpre pena por roubo de carga e saiu da cadeia para passar o Natal com a família, graças ao benefício conhecido como saidinha.

Welher e o amigo estavam conversando na rua Julita Nogueira Soares quando um motociclista se aproximou e disparou várias vezes. O alvo seria o amigo, mas os tiros acertaram também Welher, que deixa quatro filhos e duas netas. O outro homem ficou ferido.

“Ele subiu a rua, encontrou com esse rapaz, veio uma moto, atirou e pegou no meu marido também. O irmão desse rapaz alegou pra mim que ele estava envolvido com a mulher e o marido dela não tinha aceitado o relacionamento, e que (o responsável) podia ser o marido dessa mulher”, disse a viúva.

Luciana disse que o marido nasceu e cresceu no bairro Santa Terezinha e é bastante conhecido por todos moradores.

“Não estou acreditando até agora. É um sentimento que não sei explicar. Tenho quatro filhos. Já não tem Natal faz tempo, porque tem um ano que perdi minha neta e agora o meu marido. Não tem Natal, não. Tem pouco tempo que eu perdi meu cunhado também”, disse.

O homem de 32 anos, que seria o alvo, está internado no Pronto-Socorro João XXIII. “Meu marido morreu de inocente nessa história. A família quer Justiça, com certeza. Eu não vou deixar parar, não. Se ele tivesse aprontando, eu até poderia relevar. Mas o cara saiu inocente para ir cortar o cabelo e morreu da forma que ele morreu. Ele não merecia. Foram muitos tiros nele”, disse a esposa.

Nenhum suspeito foi preso (até o fechamento da matéria). A Polícia Civil investigará o caso.

Formado em jornalismo pela PUC Minas, foi produtor do Itatiaia Patrulha e hoje é repórter policial e de cidades na Itatiaia. Também passou pelo caderno de política e economia do Jornal Estado de Minas.
Jornalista formado pela Newton Paiva. É repórter da rádio Itatiaia desde 2013, com atuação em todas editorias. Atualmente, está na editoria de cidades.