Um adolescente de 14 anos foi apreendido após ser flagrado em uma escola estadual com uma machadinha e um martelo dentro da mochila. O fato aconteceu em Ubá, na Zona da Mata mineira, na quarta-feira (30) e as armas estavam na mochila onde os militares encontraram, também, um bilhete afirmando que ele cometeria um massacre no colégio.
Segundo a PM, na mochila do garoto foi encontrado um caderno com desenhos que detalhavam como ele executaria o massacre. O motivo, segundo ele, seria a infelicidade em relação à escola, à família e à vida e que teve a ideia depois de pesquisar e saber dos atentados de Aracruz, no Espírito Santo, que deixou três professoras e uma menina de 12 anos mortas na última sexta-feira.
Atentado
Aos militares, o adolescente disse que as vítimas seriam escolhidas de forma aleatória. No perfil de uma rede social, acessada pelo telefone, militares encontraram instruções e dicas para concretizar o massacre.
Após ser apreendido, o jovem foi atendido no Hospital Santa Isabel e encaminhado à delegacia. Aos militares, ele disse estar arrependido e que gostaria de ser internado para dar continuidade ao tratamento psicológico.
O ataque não foi executado após a escola ser avisada, por mães de alunos, que os filhos viram as armas e ouviram o adolescente ameaçando e falando sobre o possível crime.
Resposta
Sobre a ocorrência envolvendo um estudante de uma escola estadual de Ubá, na quarta-feira (30/11), a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) informa que o caso segue sendo investigado e que, “após o vazamento de conversas suspeitas, a direção da escola abordou o jovem e tomou imediatamente todas as providências cabíveis. Os responsáveis pelo aluno, a Polícia Militar e o Conselho Tutelar foram chamados ao local, para acompanhar a situação, e o estudante foi conduzido à delegacia para as devidas apurações do fato.
As atividades pedagógicas seguiram normalmente na unidade e a Superintendente Regional de Ensino de Ubá, que foi acompanhar de perto o caso, passou na sala para acolher e conversar com os demais alunos, juntamente com a direção. Uma equipe multidisciplinar, com apoio do Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE) da SEE/MG, também compareceu à escola para realizar o acolhimento necessário aos estudantes envolvidos e à comunidade escolar, em conjunto com a rede de apoio local (Polícia Militar, Promotoria, Conselho Tutelar, CRAS, entre outros).
A SEE/MG salienta que desenvolve e estimula a realização de ações de prevenção e combate à violência no ambiente escolar, por meio do Programa de Convivência Democrática, que procura defender e garantir a cultura de paz nas escolas, promover o respeito, um ambiente acolhedor e a mediação de conflitos. Além disso, conta com importante parceria da Patrulha Escolar da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) para propiciar um ambiente cada vez mais seguro aos alunos da rede estadual.”
