Um professor de informática da rede municipal de Belo Horizonte, de 24 anos, foi preso nessa terça-feira (4) no bairro Taquaril, na região Leste da capital mineira, suspeito de ‘’manter um relacionamento amoroso’’ com uma aluna de 10 anos.
Os pais descobriram os abusos após lerem mensagens no celular da vítima. A menina assumiu “que estava namorando o professor pela internet”. Foi então que eles chamaram a Polícia Militar (PM).
“A gente mexeu no celular dela e vimos o teor das conversas. A gente viu que não era uma criança que estava conversando com ela”, contou o pai da vítima à reportagem da Itatiaia.
Segundo a polícia, o professor teria criado um perfil com fotos de uma mulher para manter contato com a criança. O pai relatou que a menina mudou o comportamento nas últimas semanas. “Ela estava se isolando”.
À princípio, segundo a polícia, ela não é aluna direta do suspeito e a coordenação e a diretoria da escola teriam tomado conhecimento há cerca de quinze dias e acobertado o professor.
“Quando ela contou, ficamos assustados. Mas ficamos ainda mais assustados ao saber que a escola já sabia e não tomou providência nenhuma”, disse o pai.
A menina disse aos pais que foi orientada pela escola a não relatar os fatos porque o rapaz seria preso e isso ia “manchar o nome da escola.”
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou, por meio de nota, que o caso está sendo conduzido no âmbito policial.
“A Secretaria Municipal de Educação está acompanhando a situação junto à família e está à disposição da polícia para os esclarecimentos necessários. É importante ressaltar que o trabalhador já foi afastado das atividades”, disse a pasta.
Professor nega
À reportagem da Itatiaia, ele negou o crime e disse que é inocente. “Acho (que ela entregou o nome do professor aos pais) porque tem uma ‘paixonite’ e não é correspondida”.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que OS envolvidos foram encaminhados à Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher, Criança, Adolescente e Vítimas de Intolerâncias.
“Todos prestaram depoimento e por falta de elementos suficientes para prisão em flagrante, o suspeito foi liberado e o celular apreendido para perícia.”
Por se tratar de crime contra dignidade sexual envolvendo criança, a investigação segue em sigilo, “Informações poderão ser repassadas à imprensa após a conclusão do inquérito”, acrescentou.