''Vou até o fim para que ele possa pagar o que fez’’. Isso é o que diz a Lenirge Alves de Lima, de 50 anos, humilhada e agredida por um homem que fazia cooper. Ela fez uma representação nesta segunda-feira (19) no Juizado Especial Criminal, no centro de Belo Horizonte.
“A gente acaba sem saber o que falar, não sei o motivo que ele fez isso comigo. Queria que ele aparecesse pra me falar o motivo que ele fez isso comigo. Até agora ele não apareceu, nem o advogado dele para explicar ou pedir desculpas. Meu sentimento é de pena”, disse.
A orientação é que Lenirge siga, ainda nesta manhã, agora para o Juizado Especial Criminal para poder dar sequência para que, logo, seja marcada uma audiência. A expectativa é que a data seja divulgada ainda hoje.
Na última sexta-feira (16), a mulher estava trabalhando, limpando a calçada com uma mangueira, quando chega um rapaz - ainda não identificado - correndo com um cachorro e aborda a trabalhadora.
De acordo com o relato da vítima, ele disse que ela estava desperdiçando água e prejudicando o meio ambiente. O homem então pega a mangueira, molha a faxineira e depois ainda joga a mulher no chão com força. Em seguida, volta a praticar o cooper dele.
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No mesmo dia, a vítima registrou um boletim de ocorrência e foi ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer um exame de corpo de delito. Segundo a Polícia Civil, o fato foi registrado como agressão, contravenção penal que depende de representação criminal para início da investigação.
Acompanhada do filho, a senhora foi levada no sábado (17) até o Juizado Especial Criminal que fica no bairro Padre Eustáquio, região Noroeste, e que chegando ao local, infelizmente estava fechado, retornando até a Central de Flagrantes 2, no bairro Floresta, região Leste, onde também não foi solucionado o problema de finalização da queixa, pois o local só registrava caso de flagrante.
Ela contou que o fim de semana foi difícil. “Não estou dormindo, não como direito... Não consigo ver o vídeo, foi muito humilhante, muito doído e ainda está doendo. Minha rotina mudou bastante”, contou.
(com informações de Oswaldo Diniz)