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Vídeo: baile funk irregular transforma vida de moradores do São João Batista em pesadelo

‘Pancadão’ começa 22h e termina somente no amanhecer do dia

Moradores do bairro São João Batista não conseguem dormir

Consumo de drogas, barulho ensurdecedor de motos e um pancadão que vara a madrugada e transforma a noite de moradores do bairro São João Batista, região de Venda Nova, em Belo Horizonte, em pesadelo. É o Baile do São João FC, que começa às 22h e termina somente por volta das 6h aos finais de semana. Vídeos postados nas redes sociais mostram uma multidão embalada por letras que exaltam a pornografia e a violência.

Enquanto os jovens dançam, consomem bebidas alcoólicas e alguns usam drogas, moradores não conseguem dormir, como relata quem vive nos arredores da rua Oscarlina Menezes Guilherme.

“Está impossível dormir. Toda madrugada é a mesma coisa, de sexta para sábado, de sábado para domingo. Isso vem desde o mês passado assim. Pessoal se reúne, uma galera grande, centenas e centenas de pessoas ficam horas. É a madrugada inteira, som alto, droga e ninguém está conseguindo dormir. Trabalhador está ficando acordado durante a madrugada por causa desse pessoal”, diz um morador que não será identificado.

“Não está atrapalhando só quem mora na rua do baile funk, não. Porque o barulho é tão grande que chega nas outras ruas aqui perto, que ficam a centenas de metros. É um evento bem grande, as ruas ficam lotadas de carro e muito movimentadas durante toda a madrugada. Fora isso, pessoal usando droga e com menor de idade no meio dessa turma toda”, completou.

O morador diz ainda que ele e vizinhos já acionaram a Polícia Militar (PM) diversas vezes, mas nenhuma medida para resolver o problema e reestabelecer a tranquilidade foi tomada até hoje.

“A gente liga para polícia, só que não está adiantando nada. Tem um batalhão da PM que não fica muito longe daqui. A gente liga para o 190, mas nada é resolvido. A gente que é morador fica clamando pela ajuda da polícia, porque está impossível descansar nos fins de semana. Impossível. Quem é trabalhador, morador de um modo geral, está sofrendo demais”, concluiu.

A Itatiaia entrou em contato com a PM e aguarda um retorno.

Jornalista formado pela Newton Paiva. É repórter da rádio Itatiaia desde 2013, com atuação em todas editorias. Atualmente, está na editoria de cidades.