Mais de 70 blocos de carnaval enviaram à Prefeitura de São Paulo uma carta cobrando medidas preventivas para enfrentar as fortes chuvas e o calor extremo durante o Carnaval de rua de 2025.
O documento, elaborado pelo movimento “As Águas Vão Rolar”, destaca que a intensidade e a frequência de eventos climáticos extremos no Brasil estão em ascensão devido às mudanças climáticas, podendo afetar as festividades.
A criação de um gabinete de crise climática, que monitore as condições do clima e responda às emergências durante o carnaval, e a distribuição gratuita de água, estão entre as reivindicações. O grupo também solicita à gestão municipal a flexibilidade dos horários de concentração, desfile e dispersão dos blocos em caso de calor extremo ou temporal.
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Neste ano, o carnaval de rua na capital paulista bateu recorde de inscritos, com 767 blocos e 860 desfiles, segundo os dados da prefeitura. O período considera o pré-carnaval (22 e 23 de fevereiro), o carnaval (1º a 4 de março) e o pós-carnaval (8 e 9 de março).
O que diz a Prefeitura de SP
Em nota enviada à Itatiaia, a Prefeitura de São Paulo informou que “a São Paulo Turismo (SPTuris) elaborou um plano de emergência para situações de chuvas intensas. Após a publicação no Diário Oficial da relação dos blocos e trajetos, serão agendadas reuniões com os organizadores para discutir questões relacionadas ao contingente de foliões em dias chuvosos, bem como outros detalhes que envolvem o planejamento da festa como ações de segurança, alternativas de evacuação e o apoio logístico”.
A administração municipal disse ainda que,“considerando as altas temperaturas previstas para o período, a SPTuris está em constante diálogo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para viabilizar a criação de pontos de distribuição de água aos foliões dos blocos de rua”.