O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que parte dos R$ 6,3 bilhões que foram desviados no esquema de fraudes envolvendo aposentadorias e pensões podem estar escondidos no Brasil, em propriedades ou depósitos mantidos em espécie. Segundo ele, a Polícia Federal (PF) monitora suspeitos que teriam guardado recursos ilícitos dentro e fora do país.
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“Na soma dos desvios, boa parte foi para o exterior, está guardada em paraísos fiscais, e uma parte desse dinheiro simplesmente desapareceu no Brasil. Esse dinheiro está guardado em algum lugar, ou ele se transformou em bens, em propriedades”, disse o senador durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (13).
A declaração foi dada após a
Nova fase
Viana afirmou que os alvos desta fase pertencem ao “terceiro escalão” do esquema - operadores e “laranjas” responsáveis por movimentar e ocultar o dinheiro desviado. Ele acrescentou que há ainda servidores públicos corrompidos e políticos que teriam atuado para manter o grupo em posições estratégicas dentro do INSS e do Ministério da Previdência Social.
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“Agora queremos saber quem ajudou, quem indicou, quem nomeou e o que receberam para que esse esquema pudesse continuar funcionando e de que maneira políticos foram beneficiados nessa história”, destacou.
O senador também afirmou que as investigações seguem sob sigilo e que novas prisões podem ocorrer nas próximas semanas. Segundo Viana, a CPMI tem trabalhado em cooperação com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, para aprofundar as apurações e identificar todos os envolvidos.
“Estamos caminhando para o esclarecimento completo. Ainda há muita sujeira para limpar, mas a Previdência sairá mais fortalecida e os culpados estão começando a responder pelos crimes cometidos”, concluiu.