O Ministério Público de Minas Gerais vai investigar o conteúdo de 36 equipamentos entre celulares, notebooks e outros armazenamentos de arquivos, apreendidos nesta terça-feira (2), durante a operação Ambiente 186.
O trabalho cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em cidades mineiras, como Nova Lima na Grande BH, Divinópolis região Centro-oeste do estado e governador Valadares, Leste de Minas.
Como funcionava o esquema?
Na prática, os investigados, empresários de redes atacadistas, vendiam produtos diretamente para outras empresas de Minas Gerais, porém, simulavam notas fiscais frias para outros estados com a alíquota menor, como por exemplo Goiás e Espírito Santo, além de estados do Norte e Nordeste.
Em seguida, emitiam novamente a nota para Minas Gerais com imposto menor. Em Minas, o imposto varia de 18% a 25% em principalmente em mercadorias alimenticas. Nos outros estados, a alíquota gira em torno de 7%.
Apreensões
Durante a manhã foram apreendidos R$ 100 mil em dinheiro em espécie.
Um dos alvos seria o publicitário Marcos Valério condenado pelo esquema conhecido como Mensalão, mas o Ministério Público de Minas Gerais não divulgou nomes de empresas e pessoas investigadas na operação. Quem detalha é a promotora Janaina Daura.
‘Os alvos, tanto pessoas físicas quanto pessoas jurídicas, eles não podem ser revelados. Como foi dito, as investigações estão em andamento e (o sigilo) é exatamente para não prejudicar essas investigações. É preservada essa identificação e há também o sigilo judicial estabelecido no cumprimento dos alvos e das pessoas físicas e jurídicas”.
Mesmo com o MPMG optando em não revelar a identidade dos alvos, a apuração da Itatiaia confirmou que
A reportagem entrou em contato com a defesa de Valério, mas não obteve retorno até o momento. O espaço segue aberto.
Os investigados devem responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, delitos de sonegação fiscal e falsidade ideológica. Se somadas as penas podem chegar aos 10 anos de prisão